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CAPÍTULO 6 PROMEÇA É DÍVIDA! Rúbia de Oliveira Quem nunca fez uma promessa para um santo ou para um amigo e não cumpriu, que atire a primeira pedra! Eu já cansei de prometer as coisas e não movi uma palha para fazer o prometido. Aliás, sou mestre nisso. Mas, já diz o ditado popular: promessa é dívida! Elizaude Cosme conhece bem as consequências de uma promessa. A mesma viu a vida mudar em apenas nove meses. Não. Não é isso que você está pensando, ela nunca engravi- dou, porém, ganhou uma filha. Na vida existem amizades que podem ser consideradas mais chega- das que a relação entre irmãos. E assim era a relação de Elizaude e Maria Cláudia (nome fictício), as duas faziam tudo juntas. Era praia, barzinho, shopping, igreja...em todo canto lá estavam elas. Um dia Maria Cláudia do nada virou para a melhor amiga e disse que quando tivesse um filho daria para ela criar, Elizaude riu e disse que tudo bem. Elizarde achou que tudo não passava de uma brincadeira mesmo quando Maria Claudia perguntou se ela prometia dedo mindinho cruzado, igual as mais puras crianças fazem. No entanto, o que parecia apenas uma piada despretensiosa se tratava de um plano. É que Maria Cláudia já estava grávida e sabia muito bem. A mesma tinha planos de doar o bebê após o nascimento. E assim foi feito. Os meses se passaram, a gravidez foi descober- ta por todos. Fruto de um possível relacionamento extraconjugal nasceu Rúbia de Oliveira, um bebê gordinho, forte e saudável. Ao terceiro dia de vida, ainda sem vacinas, porém já estava registrada, Rúbia foi dada para Elizarde. De início, a mesma ficou apavorada e sem acreditar que a amiga havia cumprido o que tinha falado há nove meses. Elizarde era solteira – na verdade, ela continua até hoje, pois tinha medo de se envolver com alguém que pudesse fazer algum mal a sua filha, Rúbia – e trabalhava como Contadora, ou seja, tinha boas condições de criar um filho. Maria Cláudia também tinha, mas não queria ser mãe. Sem ter saída, Elizarde ficou com ficou com a menina na esperança de que a 37