Lamento pelo modo como Cristovam tem sido tratado na mídia
social, mas confio na sua fortaleza de princípios para que não se
sinta intimidado a ponto de duvidar de suas convicções! Também
eu estou convencida de que o governo Dilma era insustentável e
que é um erro defender tal governo que se elegeu de forma enga-
nosa e jamais exerceu o poder pela negociação das divergências e
sim pela compra, via corrupção, de submissão aos seus propósi-
tos na imposição da malfadada “nova matriz econômica”.
Querer defender o governo da presidente afastada Dilma
Rousseff-PT como se o desgoverno que o caracterizou não pudesse
ser tipificado, qual crime comum, por não entender que existam
provas de dolo ou autoria, é um absurdo!
Continuo sentindo falta de contribuições mais objetivas
embora entenda que é uma temeridade descrever projetos objeti-
vos numa seara tão desprovida de honra quanto o nosso ambiente
político. Nas questões subjetivas, alinho-me aos propósitos do
senador Cristovam em sua nova obra e, no que me é possível,
continuarei a advogar a busca pelo bem estar de todos, pela prote-
ção dos mais vulneráveis (inclusive animais) e pela sustentabili-
dade da vida no planeta!
Vejo com grande esperança a multiplicação de pequenos
produtores de bens e serviços, os “empreendedores”, onde benefí-
cios de escala não são determinantes e onde a propriedade da
empresa seja de capital privado e onde a sociedade desejável seja
a de empregados acionistas. Acredito que quando a propriedade
da empresa passa a acionistas de mercado perde-se a visão real
do patrimônio que a empresa significa e, diante de conflitos, as
decisões tenderão a proteger o capital em detrimento do trabalho
e isso, dependendo do tamanho da empresa, pode se tornar um
instrumento de pressão do setor empresarial junto ao governo.
Como conciliar a “gestão eficiente e republicana do Estado”
com o privilégio da estabilidade? O servidor público com baixa
produtividade não pode ser demitido, ao contrário do que ocorre
no setor produtivo capitalista (onde a demissão, apesar de dificul-
tada, ainda é possível) então acomoda-se e é “bancado” pelo
Estado. Enquanto nas atividades-fim o Estado, ineficiente e mal
gerido, oferece serviços de baixíssima qualidade, nas atividades-
meio mostra-se igualmente ineficiente e mal gerido além de
inchado e desbaratador dos recursos que faltam nas atividades-
fim, servindo, muitas vezes, ao propósito único e exclusivo de
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Lilian Bobany Salazar