À beira do precipício pd51 | Page 169

Nenhum outro país teve a proeminência do Brasil no tráfico de escravos africanos, nenhum outro contou com as estruturas montadas para o negócio, como armazéns para leilões e um sistema jurídico sofisticado para registro de propriedade e de organização desse comercio. O Rio de Janeiro, entre os séculos XVI e XIX, nos 350 anos em que o tráfico negreiro foi ininterrupto, foi o centro mercantil mais importante do comércio de escravos em todas as Américas. Havia bancos especializados no financiamento do tráfico, companhias seguradoras para os riscos das viagens e tinha grandes comerciantes com vasto capital que o tráfico demandava. Parte dessa primazia foi facilitada pela presença portuguesa na África, anterior e