Nenhum outro país teve a proeminência do Brasil no tráfico de
escravos africanos, nenhum outro contou com as estruturas
montadas para o negócio, como armazéns para leilões e um sistema
jurídico sofisticado para registro de propriedade e de organização
desse comercio. O Rio de Janeiro, entre os séculos XVI e XIX, nos
350 anos em que o tráfico negreiro foi ininterrupto, foi o centro
mercantil mais importante do comércio de escravos em todas as
Américas. Havia bancos especializados no financiamento do
tráfico, companhias seguradoras para os riscos das viagens e tinha
grandes comerciantes com vasto capital que o tráfico demandava.
Parte dessa primazia foi facilitada pela presença portuguesa na
África, anterior e