acelerá-las, capturando os instrumentos e o conhecimento dispo-
níveis para que se concretize.
A partir daí, podemos imaginar que a sociedade civil exige a
criação de Políticas Públicas passíveis de implementar tal
processo. Um mundo verdadeiramente democrático precisa ser
sustentável, o que implica transferir conhecimento acumulado –
como o acúmulo proporcionado pelo parque científico e tecnoló-
gico do Estado do Rio de Janeiro, provavelmente o maior do país
– para as esferas produtiva e social. Por sinal, esta meta já cons-
tava do documento da Conferência Nacional de Ciência e Tecnolo-
gia e Inovação de 2010.
A sustentabilidade atravessa as classes sociais, à medida que
os problemas de ordem ecológica que se apresentam diante de nós
concernem à sociedade como um todo. Isto posto, é preciso dizer
também que são as chamadas classes subalternas as que sofrem
mais as consequências dos desequilíbrios ambientais. Assim, o ar
que se respira é pior nas áreas populares, como o saneamento
básico deixa muito a desejar em inúmeras comunidades. Isto, para
não aludirmos a questões como deslizamentos de encostas, que
chegam a ser cruciais em muitas áreas e regiões do Estado do Rio.
É interessante observar o papel que a ecologia, esse ramo
da biologia, foi adquirindo na vida social, a ponto de se tornar
quase uma ciência social. Ou seja, a ecologia nos remete à proble-
mática do urbanismo como àquela das carências sociais, fazendo
uma espécie de ponte com a própria política.
A recuperação do Humanismo é um dos problemas centrais do
nosso tempo. E, aqui, a ecologia tem um grande papel, uma vez
que se entenda que o homem está no centro de suas preocupa-
ções. A natureza é humanizada por ele tanto quanto ele se deixa
impregnar por ela. Sendo o homem um ser social e natural, a
ecologia também reage assim, revela esse estado de coisas.
Precisamos estar permanentemente construindo políticas
públicas. O próprio exemplo do Viva Rio é extremamente esclare-
cedor a este respeito. São mais de dez mil funcionários, atuando
em uma esfera pública que atinge cerca de dois milhões de cida-
dãos fluminenses. O Estado, enquanto condensado da sociedade
civil, tem a obrigação de apoiar iniciativas desse tipo, de combi-
nar o moderno com aquilo que era considerado tradicional.
Concretamente em te