Ao invés disso, os partidos de centro-esquerda europeus
devem encontrar um equilíbrio entre a solidariedade nacional e a
internacional, com uma tríplice estratégia que inclua limites efeti-
vos à imigração, ênfase na integração e esforços humanitários
para aliviar o sofrimento humano em grande escala. Deve-se
evitar uma retórica incendiária e oferecer em troca soluções reais,
previsíveis e moralmente sustentáveis, que sem ser populistas,
podem, sem dúvida, ser populares.
O primeiro ministro canadense Justin Trudeau adotou esta
estratégia, a mesma do presidente francês Emmanuel Macron.
Os partidos de centro-esquerda europeus devem seguir o exemplo
e reconhecer que este reposicionamento pode ser a chave da
sobrevivência política.
A esquerda europeia e as políticas migratórias
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