À beira do precipício pd51 | Page 148

partir de Washington, depois da vitória eleitoral do presidente Donald Trump. Os Estados Unidos não vão acabar ou, tampouco, deixarão de ser a maior potência do planeta, pelo menos a médio prazo, mas, só agora, apesar de tamanho vigor, é que o mundo se dá conta de algo estranho. Ora, mesmo com o marxismo-leninismo liquidado, para sempre, algo parece se complicar, no próprio Ocidente, a partir de Washington, depois da chegada deste grande empresário ao poder. Persiste, no entanto, diante de muitas decepções dos pró-norte-americanos, a tendência de considerar este dirigente apenas um mero ‘maluco’, ou algo neste sentido. Analistas e estudiosos, por todas as partes, não levam em conta, em suas críticas e observações, um dado simplório: é ‘maluco’ alguém que a sua máquina administrativa já cuida de sua reeleição? Uma das justificativas é que a popularidade desse evan- gélico é altíssima, mesmo se reconhecendo que isto ocorre apenas entre os brancos – e aqui começa um tipo de perigo conflituoso. A economia dos Estados Unidos – não importa se antes, agora ou depois – é a sede do dinheiro mundial, com todos os problemas ‘normais’ do capitalismo vitorioso, sobre o ‘outro’. Acumulação de renda, conflitos de Bolsa, lucros para poucos e perdas para muitos, fortalecimento de bancos, aumento da população pobre etc. etc. – tudo é relativo. A caminhada dos capitais livres, no pós-Muro de Berlim, com os conflitos que envolvem qualquer sociedade (onde o dinheiro é encarregado de tudo), não poderia ser diferente, nesta fase contemporânea da Humanidade. Não se deveria estranhar o fato de que, com a radicalização dos costumes e a movimentação das classes sociais, nas sociedades de hoje, os partidos conservadores passaram a reagir contra as mudanças mínimas no status quo, que, embora não mudem as estruturas, passaram a incomodar. Problemas, como o grande consumo de drogas e o racismo, agra- vam as situações internas de cada um – como no caso recente, ocorrido na Universidade Yale: oitenta ‘pessoas livres’ promove- ram um festival de overdose. As ideias do presidente Donald Trump representam bem a ‘superioridade’ de seu país, em qualquer sentido, não havendo ‘preocupação’ de sua máquina se o mundo se põe nervosinho com suas atitudes (aparentemente) individualistas. A sua advertência mais recente, dirigida a entidades ‘esquerdistas’ – Facebook, 146 Danúbio Rodrigues