ZINT Jun. 2017 | Page 47

Diana, filha da Rainha Hipólita, uma deusa gregra, na Ilha do Paraíso colocar um fim a destruição e violência do homem. Quando Diana consagrasse campeã, sua mãe lhe cos- tura um uniforme vermelho, azul e branco, antes que a personagem deixasse a Ilha Paraíso para combater o fascismo por meio da representação do feminismo. Marston a partir de então passou a descrever a personagem como modelo do poder feminino e um ícone da ideologia feminista que buscava a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Entretanto, as investidas ideológicas do autor por meio dos qua- drinhos acabaram não sendo tão efetivas uma vez que, em 1942, a personagem adentrou na Sociedade da Justiça, então formada somente por personagens masculinos, na edição de All Star Comics nº11. O problema é que o triunfo que deveria representar foi transformado em uma decisão editorial medonha: Diana havia sido nomeada a secretária da equipe. Roteirizada por Gardner Fox, e não por Marston, a passagem da personagem na Sociedade da Justiça rendeu episódios medonhos para a heroína. O criador de Diana passou meses brigando com os editores para que eles compreendessem a necessidade de con- tinuidade na representação do movimento feminista em sua Era Progressista. Depois de muita reclama- ção, Marston conseguiu permissão para reescrever os roteiros e as participações da personagen, criando subtramas em que a mesma convocava boicotes, comícios e greves enquanto civil, e salva o mundo enquanto heroína. As representações da personagem como uma mulher e uma heroína destemida, forte e socialmente ativa perduraram até o final da década de 40, quando, em 1947, William Moulton Marston faleceu. A partir de então, a DC Comics acabou repaginando a heroína mais famosa de todos os tempos, tentando adequá-la as regras que foram impostas com o Comi- cs Code Autorithy. A E ra de P rata A era de prata, período que compreende as histó- rias dos anos 50 até meados dos anos 70, foi um uma das eras em que todos os personagens de quadrinhos foram mais modificados. Tais transformações foram causadas devido ao Comics Code Auhotity, um código estipulado nos Estados Unidos e que visava controlar e censurar o conteúdo publicado nas HQs, uma vez que as críticas referentes a violência, ao vocabulário e ao sexo presente as histórias, tornavam os quadri- nhos produtos que contribuíam para a delinquência juvenil. O código foi responsável por revitalizar o mer- cado, já que os quadrinhos que trabalhavam temá- zint.online | 47