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T alvez o terror seja o gênero cinemato- gráfico que possua mais subgêneros e ramificações próprias. Os filmes que o compõem, em sua maioria, constroem o sentimento de medo e angustia a partir de jogos de surpresa, insinuação, apostando em altas doses de ansiedade e explorando de fobias e repulsas presentes no senso comum humano. Real ou não, a utilização do medo como ferramenta catártica esta presente no imaginário humano desde muito antes do cinema. As histórias mitológicas, assim como obras religiosas, são repletas de monstros, seres mágicos, criaturas macabras e demoníacas responsáveis por proliferar o mal e a dor no mundo. Essas histórias podem ser consideradas como as primeiras fontes de inspiração para o gênero do terror que viria a ser propriamente construído somente no século XVIII. O rigem L iterária Considerado o primeiro romance gótico da história, o livro O Castelo de Otranto (1764), de Horace Walpole, iniciou o que viria a ser um dos movimentos literários mais importantes para a lite- ratura de ficção. Pouco mais de 50 anos depois, Mary Shelley publicou, em 1818, o primeiro grande horror clássico: Frankenstein. Graças a obra de Shelley, diversos autores passaram a explorar de ambientações sombrias e de temáticas ma