10 ANOS DE VACINAÇÃO CONTRA O HPV EM PORTUGAL MSD
CONCLUSÃO
UMA DÉCADA PARA
CELEBRAR O AMANHÃ!
A abrangência do atual PNV e as elevadas
taxas de cobertura vacinal em Portugal
são um caso de sucesso a nível mundial e
espelham o compromisso e a dedicação
do Ministério da Saúde, da Direção-Ge-
ral da Saúde (DGS) e de todos os profis-
sionais de saúde, envolvidos na imple-
mentação do PNV, para com a saúde da
população portuguesa.
A vacina contra o HPV é considerada o
maior avanço científico e de Saúde Pú-
blica na prevenção do cancro genital.
Portugal foi um dos países pioneiros na
inclusão da vacina contra HPV no PNV.
Tal ocorreu em 2008 e abrangeu todas
as raparigas adolescentes com 13 anos
de idade, o que foi considerado como
um avanço significativo numa perspe-
tiva de Saúde Pública. A vacinação de
“repescagem” das jovens com 17 anos,
de 2009 a 2011, foi mais um passo nes-
se sentido. Em Janeiro de 2017, a vaci-
na nonavalente foi incluída no PNV, em
substituição da vacina quadrivalente,
e antecipou-se a idade da vacinação
para os 10 anos. A evolução da vacina-
ção contra o HPV acompanha o avanço
cientifico e está epidemiológicamen-
te adequada à população portugue-
sa. Mas mais importante, é efetiva na
forma como chega à população-alvo.
Um legado de saúde incalculável que irá
perdurar por muitos anos.
A vacinação contra o HPV em Portugal deve
ser justamente celebrada, mas também es-
crupulosamente protegida. A atual era da
globalização e da mediatização põe em risco
conquistas que se assumem como assegu-
radas. Vários países com programas de va-
cinação bem implementados e com elevadas
taxas de cobertura foram significativamente
abalados por crises de confiança. É pois, de
vital importância, a contínua educação para
a saúde de todos os setores da sociedade,
para que a vacinação seja reconhecida e devi-
damente valorizada. Deve-se ainda assim ter
uma visão ambiciosa e pensar em investir na
quantificação dos ganhos em saúde, medindo
o impacto da vacinação em contexto de vida
real e assegurar que as “franjas” da socie-
dade, com menor acesso a cuidados de saú-
de e ao rastreio, são efetivamente vacinadas.
À semelhança de outros países também em
Portugal já se discute o valor de abranger
também os rapazes no PNV, o que permiti-
ria ambicionar um futuro livre de cancros e
doenças associadas ao HPV.
Um legado de prevenção em benefício das
gerações futuras.
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