TONIC 4 May.2014 | Page 8

A NOSSA HISTÓRIA Pedro Carvalho e José Afonso de Sousa. António Faria Gomes, engenheiro e um dos dois promotores da SMD, a primeira empresa criada no âmbito da AITEC, cujo foco eram as aplicações de “escritório eletrónico”, partilhou que lhe parecia haver complementaridade entre a sua empresa e uma eventual empresa na área das bases de dados, disponibilizando-se para ser sócio desta nova realidade e ajudando ao seu lançamento. Pedro Carvalho A vocação pela informática existia em mim há já uns anos. A par do curso, desenvolvi alguns trabalhos nesta área, como a tradução de programas informáticos de espanhol para português, na empresa Telemática. Aprendi, por minha própria iniciativa, uma linguagem de programação, denominada Mumps, que poucos dominavam em Portugal. Quando soube que a Telemática estava à procura de um programador de Mumps e ia iniciar o processo de recrutamento, voluntariei-me para o mesmo, tendo sido aceite. E foi assim que dei oficialmente início à minha carreira na área de TI. Fruto da minha insatisfação pela ausência de perspectivas de evolução na empresa, resolvi candidatar-me a um estágio no INESC. Depois de algumas entrevistas fui selecionado pelo José Afonso Sousa para realizar um estágio de um ano no referido grupo, tendo sido ele o responsável pela coordenação do mesmo. Depois do estágio, fui convidado a permanecer no grupo tendo participado em vários projetos nesta área. TONIC 8 Pela relação pessoal de confiança juntámo-nos (José Afonso, Pedro Carvalho e António Faria Gomes) para integrar este projeto. Trabalhar por conta de outrem parecia ser muito mais seguro para a carreira das pessoas. Rogério Carapuça estava em processo de doutoramento e disponibilizou-se para acompanhar o projeto, pelo lado da AITEC/ INESC, mas não para ser um dos promotores do mesmo. AITEC 1986 Entretanto, em 1986 surgia a AITEC, uma incubadora de empresas de base tecnológica criada em partes iguais pelo INESC e pelo IPE (Investimentos e Participações do Estado), um projeto inovador que se deve à visão e ao empenho de João Lourenço Fernandes, professor no IST e diretor do INESC. À medida que os projetos se desenvolviam a bom ritmo e que esta área assumia mais alguma maturidade, começou a fazer sentido dar o passo seguinte e transpor para uma realidade empresarial aquilo que era o resultado de uma atividade de investigação e desenvolvimento, tendo sido esta hipótese conversada com o Rogério Carapuça. Começou assim a germinar a ideia de constituição de uma empresa focada no mercado dos sistemas de informação e das bases de dados, algo que não existia no mercado na altura. Mário Romão, na [\