Tavilla Tavilla, n.º 1 -2018 | Page 16

HOSPITAL DE TAVIRA REJEITA FERIDOS

O Hospital de Tavira recebia muitos feridos de confrontos no século XVI. A sua proximidade ao norte de África fazia com que o hospital servisse para muitos soldados ali efetuarem a sua recuperação. Uma situação que se inverteu quando se nomeou o novo responsável. Esta questão foi entretanto reportada por carta ao Rei D. João III por Pedro Cunha, comandante da armada.

Eram frequentes os confrontos da armada portuguesa com piratas, turcos, marroquinos e franceses, ao longo da segunda metade do século XVI, no Norte de África e na costa algarvia. Os soldados portugueses, que defendiam a costa, eram comandados, em 1554, por Pedro Cunha e Vasco Anes.

O Hospital de Tavira no século XVI, cujo nome era Hospital de Santo Espírito, onde atualmente se situa o colégio privado de S. Tiago, funcionava como uma confraria e estava associado à igreja de Santo Espírito, que atualmente se designa como igreja de S. José. Este tinha uma grande importância devido ao facto de Tavira ser a cidade mais próxima do Norte de África, o que fazia com que os feridos da armada portuguesa se deslocassem a esta unidade hospitalar para recuperar dos ferimentos feitos durante os confrontos.

Em 1554, Pedro Cunha, comandante da armada portuguesa, escreveu uma carta ao Rei D João III a queixar-se do facto de o Hospital de Tavira ter mudado de atitude e não querer receber mais feridos, com a mudança de responsável.

Com a saída de Álvaro e a entrada de Pedro Correia, o hospital deixara de aceitar os feridos gerando desagrado, pois D. Manuel I tinha atribuído 1% de todos os impostos do almoxarifado da alfândega, bem como confirmou outros privilégios atribuídos pelo monarca anterior.

Inês Estêvão 11ºC1 nº 14

Lídia Casimiro 11ºC1 nº 19

Fonte /Source:

De acordo com a Carta de Pedro Cunha, a partir de IANTT PT-TT-CC-1-92-7 (1554) acessível em / retieved from https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=3779367, acedido em/on 23/04/2018

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Hospital de Tavira rejeita feridos