Tavilla Tavilla, n.º 1 -2018 | Page 14

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Os ataques piratas e o pânico das freiras

Ataques piratas na segunda metade do século XVI por parte de turcos, marroquinos e franceses às costas do algarve causa pânico à população local.

Vindos maioritariamente do Norte de África, piratas franceses, marroquinos e turcos atacam as costas do Algarve causando grande pânico à população. De acordo com a carta escrita pelo corregedor de Tavira ao rei D. Sebastião, dizia-se que havia informação de 19 navios piratas a caminho das costas do Algarve, porém, tinha por certo que já naquele ano não iriam atacar.

As autoridades de Tavira foram contactadas pelas autoridades de Ayamonte, pois os piratas podiam atacar qualquer lugar.

D. Sebastião como forma de proteção do Algarve, mandou construir torres e fortes, tal como o Forte do Rato, dado que havia notícia de inúmeros ataques às costas algarvias todos os anos.

As freiras eram das que mais temiam os ataques devido ao facto de os conventos serem os locais mais apetecíveis, pois estão repletos de riqueza e luxo.

Há conhecimento de uma carta escrita pelas freiras Clarissas do Convento de Faro enviada à rainha D. Catarina, mulher de D. João III, onde mostram o seu medo relativamente aos ataques piratas. Carta esta onde acaba por se “aproveitar” destes ataques e do próprio medo como forma de sensibilizar o rei para este lhes doar dinheiro para acabarem as obras do convento, referindo-se ao Algarve como “terra de mouros”.

Ao contrário do que o corregedor de Tavira pensava, acabaram mesmo por acontecer os ataques piratas nesse mesmo ano, 1561, como há inúmeras notícias. As freiras com a desculpa do pânico relativamente aos ataques conseguiram acabar as obras do convento.

Tiago Reis, 11.ºC1, n.º 29

Mariana Laranjo, 11.ºC1, n.º 22

Começa a pirataria