SupportWorld Brasil Edição 25 | Page 25

fazendo com que sua abordagem seja de uma melhoria de dentro para fora (Inside-out), apesar do framework, defender uma fase de estratégia, isso não garante uma abordagem completa. Já o COBIT atua na camada estratégica e gerencial, com uma abordagem de fora para dentro (Outside-in), através do seu modelo em cascata.

É comum observarmos gestores ansiosos por resultados operacionais que buscam no ITIL respostas para suas necessidades imediatas. Normalmente, eles até se preocupam com o alinhamento estratégico, porém acreditam que a abordagem em cascata do COBIT faz com que as melhorias operacionais demorem para acontecer.

O problema principal da abordagem ITIL é o risco de gastar esforços demasiados na melhoria da gestão de serviços com o foco totalmente voltado para a implantação de processos dentro da TI, perdendo a visão do que realmente o negócio precisa, podendo gerar retrabalho e desperdício de recursos. Além disso, garantir um uso adequado dos serviços de TI pela organização envolve outras disciplinas não tratadas, ou tratadas parcialmente pelo ITIL, como desenvolvimento e manutenção de aplicações, gerenciamento de projetos, gerenciamento de segurança da informação, gerenciamento de riscos, entre outras. Isto pode resultar em iniciativas não patrocinadas pela alta gestão, e por consequência não reconhecidas, fazendo com que elas padeçam por falta de priorização e investimentos.

adequado dos serviços de TI pela organização envolve outras disciplinas não tratadas, ou tratadas parcialmente pelo ITIL, como desenvolvimento e manutenção de aplicações, gerencia-mento de projetos, gerenciamento de segurança da informação, gerenciamento de riscos, entre outras. Isto pode resultar em iniciativas não patrocinadas pela alta gestão, e por consequência não reconhecidas, fazendo com que elas padeçam por falta de priorização e investimentos.

Em outra direção, algumas iniciativas que iniciam pela adoção das práticas do COBIT têm problemas na sustentabilidade ao longo do tempo. Elas demonstram rapidamente a fragilidade da gestão de TI atual (tático e operacional). Isto produz como resultado um alto grau de resistência ou até mesmo a troca dos gestores operacionais.

Diante desse contexto, observa-se que as duas abordagens analisadas enfrentam desafios relacionados ao processo de mudança organizacional. Pode-se concluir então que iniciativas de melhoria como estas são, na verdade, ações de mudanças organizacionais.

Os oito passos de John Kotter sobre mudança organizacional norteiam o modelo de implementação do COBIT. As sete fases do guia de implementação definem um modelo iterativo de ciclos evolutivos (ondas de melhoria) não superiores a seis meses de duração.

Kotter define que as organizações devem seguir oito passos para obter sucesso nas mudanças: estabelecer um senso de urgência; criar uma coalizão; desenvolver uma visão da mudança; comunicar a visão; atribuir poder para as pessoas agirem; realizar conquistas

25

JAN | FEV | MAR 2016 SUPPORTWORLD BRASIL