Suplementos Porto de Mós - Tradição e Modernidade | Page 31

31 02 01 A criatividade e a ousadia da equipa da Manulena não têm limites. Santos e anjos dão forma a difusores com diferentes cores e aromas. 03 40% 02 Em algumas secções, a empresa está a trabalhar em dois e três turnos 03 Pedro Custódio, diretor-geral, deu continuidade ao negócio do pai juntamente com os irmãos João e José Custódio 60% Fotos: Joaquim Dâmaso Exportação Mercado nacional 01 impressiona. A importância da China Na disputa de mercado, a Manulena não tem muitos adversários à altura. A versatilidade da empresa, visível na diversidade de produtos, coloca-a num patamar confortável. Pedro Custódio, que tinha acabado de regressar da China quando recebeu o REGIÃO DE LEIRIA, revela que os chineses são “um meio de sobrevivência” da própria Manulena, porque garantem componentes a um preço e a uma rapidez que o Ocidente não consegue acompanhar. A intervenção chinesa, porém, termina aí. “Acabamos por ser uma unidade de produção que incorpora design, faz um controlo de qualidade para depois colocar o produto no mercado”, esclarece. A produção é 100% Manulena, no entanto a China é fundamental para a postura que a empresa quer assumir no mercado: “dizer sempre sim ao cliente”. No ano passado faturou 2,7 milhões de euros. Este ano, poderá atingir os 3,6 milhões. A exportação será a responsável por este aumento. A empresa está a recuperar o mercado inglês, depois de o ter “perdido” com a adesão de Portugal ao euro. Pedro Custódio, que reparte a gerência com os irmãos João e José, assume que gosta de usar velas e de ver o produto em loja. “Dá orgulho”, diz com alguma emoção. O pai, Manuel Custódio, não chegou a acompanhar esta última fase da empresa, nem o projeto que a Manulena está agora a lançar na Guiné-Bissau de recolha de cera de abelhas. Se estivesse a acompanhar, o fundador certamente sentiria “orgulho”, para usar expressão de Pedro Custódio, ao ver que a chama da empresa continua bem acesa. Diretório Designação Manulena, Lda. Fundação 1968 Localidade Mira de Aire Gerência João Custódio, José Custódio e Pedro Custódio Colaboradores 80 VN 2013 2,7 milhões de euros Área 5.000 m2 Cerafina À procura do próprio mercado Um negócio que cresceu sem que nele se tivesse investido. É assim a Cerafina, uma empresa que partilha a gerência com a Deartis e que seguiu a galope das peças de cerâmica produzidas pela unidade fabril de Casais de Baixo. Jorge Louro confessa nunca terem apostado muito no desenvolvimento da Cerafina e que 90% dos clientes são comuns à Deartis. Contudo, de agora em diante será diferente. “Nos últimos dois anos temos crescido substancialmente e estamos numa fase de aposta muito grande no desenvolvimento do negócio das velas”, adianta o empresário. Acrescenta que “as perspetivas são muito boas” e que, no próximo ano, a gerência pretende participar em feiras só com a Cerafina, no sentido de chegar diretamente ao consumidor de velas e deixar um pouco de lado o cliente de cerâmica que, por acaso, também gosta daquele produto. Há três anos, a Cerafina separou-se fisicamente da Deartis. Ocupa um edifício na Zona Industrial de Porto de Mós, onde se produzem 200 mil velas por ano. Diretório Designação Cerafina - Cerâmica e Velas, Lda. Fundação 1998 Localidade Zona Industrial de Porto de Mós Gerência Carla Sofia Marto, Jorge Louro e Margarida Maria Louro Colaboradores 8 VN 2013 400 mil euros Área 7.200 m2 10% 90% Exportação Mercado nacional