Sofrimento | Page 7

SANTOS QUE SOFRERAM: JOSÉ dor de quem sofre por fazer algo errado! Com efeito, esse sofrimento pode ser sentido mais profundamente. O ladrão na cruz sabia que sofrera a devida recompensa por suas ações, e ele esperava a punição (Lucas 23:41). Que tapa no jovem José, quando ele obedientemente encontrou seus irmãos em Dotã, e se achou, horas depois, abandonado e acorrentado atrás de uma caravana Midianita! A mulher de Potifar lhe tirou qualquer chance de se defender diante de seu mestre. Abatido, ele foi jogado na prisão em uma erupção de raiva. Algumas cronologias sugerem que José pode ter sofrido por mais de cinco anos nas masmorras, trabalhando, antes que os sonhos do faraó lhe permitissem ver a luz do palácio. Embora Deus tenha intencionado isso para o bem, José conhecia a dor do sofrimento pela maldade dos outros, e o ferro entrou em sua alma (Salmo 105:18). A Reação do Sofredor É claro que José sofreu por fazer aquilo que era bom e justo diante de Deus. Apesar disso, a maior evidência do sofrimento de José pela justiça é vista na chegada de seus irmãos ao Egito. Com a escravidão e a prisão para trás dele, o governante do Egito salva o império e evita uma grande fome pela sabedoria de Deus. A comida é abundante enquanto as colheitas não vão bem, e as nações e tribos ao redor são forçadas a ir ao Egito para comprar grãos. São nessas condições que vemos seus sonhos realizados, bem como testemunhamos sua maior dor. O "Salvador do Mundo" não chorou quando os comerciantes Midianitas o levaram ao Egito. Não houve lágrimas na casa de Potifar. Dia após dia, o trabalho sombrio na prisão era encarado com silêncio, não soluços. Mas quando dez filhos de Jacó apareceram a comprar grãos, José chorou abundantes lágrimas. Verdadeiramente, José chorou inteiramente por cada aflição que padeceu por causa de seus irmãos, e cada lição que aprenderam com a mão de José rasgou o coração deles. As lições foram difíceis, mas necessárias. Os irmãos de José haviam desprezado seus sonhos e a sua busca em Dotã, quando jovem, e assim devem conhecer a dor do sofrimento, sendo considerados espiões falsários em seu reino. Eles o haviam vendido por prata e, portanto, temeram encontrar prata nos seus sacos de grãos. Eles o descartaram com a sua autoridade de irmãos mais velhos e, assim, desesperaram-se ao encontrar o copo de seu senhor com Benjamin. Ele estava perdido para seu pai e a família, mas eles ficaram maravilhados quando os conheceu pela idade e filiação. Diante de seus irmãos pecadores, com uma compaixão semelhante a Cristo, José sofreu não por sua própria justiça, mas para que eles pudessem ser justos diante de Deus. Ele os ensinou, perdoou e abraçou. Suas palavras são compassivas: “Não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face” (Gênesis 45:5). “E José lhes disse: ‘[...] Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande. Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos meninos’. Assim, os consolou e falou segundo o coração deles” (Gênesis 50:19-21). O Resultado da Aflição As dores de José levaram os filhos de Israel a Gósen, onde Deus os queria enquanto perdurasse a fome. Seu sofrimento em favor deles garantiu que Israel, como uma nação completa, crescesse e, em um tempo determinado, retornasse a Canaã. A glória desse santo sofredor não era sua própria justiça, mas era que seu coração justo sofresse para que outros pudessem ser usados ​por Deus também. Quando as provações nos sucedem, podemos sofrer por fazer aquilo que é bom, até mesmo fazendo o bem aos outros (1 Pedro 3:17). 7