SiUR Magazine Segunda Edição | Page 17

A calmaria antes da tempestade

Poucas soluções e muita troca de farpas no segunda reunião da UCCI, após primeiro dia moroso

Europeu

Por Giovanna Gouveia

A mesa diretora lembrou aos delegados que, como se trata de um comitê que é um braço das Nações Unidas, poderiam ser usados fundos já existentes da organização para fins de promoção da dignidade das pessoas que foram traficadas.

A Humans Rights Watch pediu para os países penalizarem mais firmemente as empresas nacionais e as grandes multinacionais, para que o sentimento de impunidade não incentive a prática dos crimes.

A Anistia Internacional pontuou algumas realidades que pareciam ter sido esquecidas pelos prefeitos. Primeiro, recordou o alerta dado à Espanha pelo Conselho Europeu de que poderia estar diminuindo os índices relacionados ao tráfico laboral. Segundo, comentou sobre a existência de muitos imigrantes que estão sendo explorados no estado de São Paulo.

Em contraste com um primeiro dia bem calmo, quase moroso e silencioso, o segundo dia de discussões da União das Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI) começou como a calmaria antes da tempestade.

Em minutos uma troca de ironias teve início, engatilhada pelas declarações dos prefeitos de Madrid e Santiago, que se reafirmaram como pertencentes a países plenamente desenvolvidos, indicando a incapacidade dos países latinos presentes no cumprimento das resoluções.

Após ter “estrelinhas douradas” oferecidas pela Humans Rights Watch, Santiago afirmou que concorda em apoiar um fundo internacional para o cuidado das vítimas do tráfico humano. Madrid, logo de início, duvidou da real eficácia das propostas discutidas, já que discursavam para países subdesenvolvidos, que deveriam se ajudar primeiro antes de criarem políticas públicas. A ONG internacional replicou que o foco nunca foi monetário, mas assegurar os direitos humanos das vítimas.

fundos já existentes da organização para fins de promoção da dignidade das pessoas que foram traficadas.

A Humans Rights Watch pediu para os países penalizarem mais firmemente as empresas nacionais e as grandes multinacionais, para que o sentimento de impunidade não incentive a prática dos crimes.

A Anistia Internacional pontuou algumas realidades que pareciam ter sido esquecidas pelos prefeitos. Primeiro, recordou o alerta dado à Espanha pelo Conselho Europeu de que poderia estar diminuindo os índices relacionados ao tráfico laboral. Segundo, comentou sobre a existência de muitos imigrantes que estão sendo explorados no estado de São Paulo.