SiUR Magazine Primeira Edição | Página 18

Um comércio bilionário

Como as cidades podem lidar com o tráfico humano, intra e internacionalmente

Europeu

Por Giovanna Gouveia

Com o apoio da equipe do El País, a Anistia Internacional, também, acrescentou que é necessário haver transparência e sinceridade nos índices colocados pelos Estados. A Espanha, por exemplo, tal como já colocado em matérias anteriores do jornal, já recebeu a notificação do Conselho Europeu de que seus baixos índices não se devem simplesmente à falta do crime, mas a falta de investigação.

Resoluções como linhas telefônicas de denúncia e formação de equipes policiais internacionais foram propostas pelas prefeituras latinas. Santiago propôs que a conscientização seja feita através de um documentário. “Não é pornografia infantil, é a prova de um crime”, afirmou a prefeita de Bogotá.

Pontos como a averiguação dos materiais que as crianças enviam pela internet e a facilitação do processo de adoção internacional viraram assunto de discussões mais acaloradas.

Depois de um segundo debate não moderado pela mesa diretora sobre a questão infantil do tráfico humano, que durou cerca de 18 minutos, foi produzida uma lista de resoluções. Por meio de votação, os signatários da lista escolhidos foram Havana, Lisboa, Cidade do México e Barcelona.

Nesta sexta (19), teve início a reunião das delegações da União das cidades Ibero-Americanas (UCCI) para a discussão de formas de erradicar o crime do tráfico humano. De acordo com a delegada da Humans Right Watch, cerca de 32 bilhões de dólares são movimentados por ano com a compra e venda de seres humanos. Entre as atividades criminosas que motivam o tráfico, foram ressaltados a adoção ilegal, a venda de órgãos, a exploração laboral e sexual, especialmente de crianças.

Desde o princípio do debate, os prefeitos se mostraram abertos a discutir, tanto o mapeamento dos responsáveis quanto as melhores propostas para um combate eficaz. A Prefeita de Lisboa, apoiada por colegas chefes de Estado, tocou no assunto da existência de uma imensa rede, que movimenta grandes quantias de dinheiro. Além disso, como foi colocado pelas delegações, o comércio é orquestrado e tem como mercado pessoas de grande influência política e econômica no cenário internacional.

O Prefeito de Madrid afirmou que uma possível facilitação do processo internacional de adoção poderia dar uma alternativa para quem se coloca como mercado para o tráfico de crianças para adoção ilegal.

O chefe de Santiago acrescentou que é necessário que se investigue, inclusive, órgãos governamentais, lembrando que cônsules do país no exterior foram condenados pelo tráfico de imigrantes. Após um debate não moderado e da produção de uma agenda para a discussão, a delegação da Anistia Internacional pediu a manutenção do foco no tráfico infantil. “Se não for possível garantir a dignidade de uma população tão vulnerável, o Estado se encontra muito falho”, declarou.

Com o apoio da equipe do El País, a Anistia Internacional, também, acrescentou que é necessário haver transparência e sinceridade nos índices colocados pelos Estados. A Espanha, por exemplo, tal como já colocado em matérias anteriores do jornal, já recebeu a notificação do Conselho Europeu de que seus baixos índices não se devem simplesmente à falta do crime, mas a falta de investigação.

Resoluções como linhas telefônicas de denúncia e formação de equipes policiais internacionais foram propostas pelas prefeituras latinas. Santiago propôs que a conscientização seja feita através de um documentário. “Não é pornografia infantil, é a prova de um crime”, afirmou a prefeita de Bogotá.

Pontos como a averiguação dos materiais que as crianças enviam pela internet e a facilitação do processo de adoção internacional viraram assunto de discussões mais acaloradas.

Depois de um segundo debate não moderado pela mesa diretora sobre a questão infantil do tráfico humano, que durou cerca de 18 minutos, foi produzida uma lista de resoluções. Por meio de votação, os signatários da lista escolhidos foram Havana, Lisboa, Cidade do México e Barcelona.