SiUR Magazine Primeira Edição | Page 17

Encontro de cidades capitais ibero-americanas discute o tráfico humano

Em entrevista, prefeita de Buenos Aires destaca a necessidade de criação de novas políticas para combater o problema

Por Stefano Figueiredo

Clarín: Você comentou sobre os problemas comuns, poderia falar mais a respeito dos problemas específicos que Buenos Aires enfrenta?

Isabela Coelho: Somos a 3ª maior metrópole da América Latina, nosso fluxo de migração é enorme. Um dos maiores problemas é enfrentar o trânsito do tráfico, o fluxo é muito grande. Também temos o péssimo costume de generalizar o tráfico humano. É preciso diferenciar o tráfico infantil para adoção do de mulheres para prostituição ou tráfico para trabalho escravo, realizando pesquisas em cima desses tópicos. Só assim medidas eficazes poderão ser tomadas.

Clarín: Como você acha que Buenos Aires pode representar a Argentina neste encontro internacional?

Isabela Coelho: Nossa cidade é membro antigo da UCCI, temos experiência no âmbito internacional, nossa voz é forte. A ideia é trabalhar com diversos órgãos do governo, as secretarias de saúde são essenciais. Tenho certeza que vamos conseguir implementar melhorias em nossa cidade e levar essa conclusão da reunião para o país todo. Um exemplo disso é que precisamos aperfeiçoar nosso processo burocrático, não eliminá-lo. É parte da burocracia proteger nossas crianças e mulheres, por exemplo.

O comitê da União das Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI) se reuniu, nesta sexta-feira (19), para discutir o tráfico internacional de pessoas. Participaram da reunião prefeitos de nove cidades: Barcelona, Bogotá, Buenos Aires, Cidade do México, Havana, Lisboa, Madrid, Santiago e São Paulo. Representantes das ONGs Anistia Internacional e Human Rights Watch também estiveram presentes.

A partir do compartilhamento de experiências e problemas locais das cidades com relação ao tráfico de pessoas, os participantes do UCCI abordaram questões como adoção ilegal, sequestro de crianças e pornografia infantil.

O encontro da União das Cidades Capitais Ibero-americanas prossegue por mais dois dias e ainda deve abordar temas como turismo sexual, tráfico de órgãos e tráfico de fim laboral. Ao final, deve emitir um documento oficial com todas as propostas de combate ao tráfico internacional de pessoas.

Conversamos com exclusividade com a Prefeita de Buenos Aires, Isabela de Oliveira Coelho, sobre o encontro da UCCI.

PINGUE-PONGUE

Clarín: Quais são suas expectativas para o comitê?

Isabela Coelho: Nós pretendemos identificar os problemas comuns tanto em nossa cidade e país quanto nos outros representados na UCCI. O mais interessante dessas reuniões é reconhecer que, por mais que já existam medidas combativas ao tráfico humano, precisamos desenvolver em conjunto novas políticas e um sistema mais eficaz que corrija falhas existentes para aperfeiçoar o combate.

Clarín: Você comentou sobre os problemas comuns, poderia falar mais a respeito dos problemas específicos que Buenos Aires enfrenta?

Isabela Coelho: Somos a 3ª maior metrópole da América Latina, nosso fluxo de migração é enorme. Um dos maiores problemas é enfrentar o trânsito do tráfico, o fluxo é muito grande. Também temos o péssimo costume de generalizar o tráfico humano. É preciso diferenciar o tráfico infantil para adoção do de mulheres para prostituição ou tráfico para trabalho escravo, realizando pesquisas em cima desses tópicos. Só assim medidas eficazes poderão ser tomadas.

Clarín: Como você acha que Buenos Aires pode representar a Argentina neste encontro internacional?

Isabela Coelho: Nossa cidade é membro antigo da UCCI, temos experiência no âmbito internacional, nossa voz é forte. A ideia é trabalhar com diversos órgãos do governo, as secretarias de saúde são essenciais. Tenho certeza que vamos conseguir implementar melhorias em nossa cidade e levar essa conclusão da reunião para o país todo. Um exemplo disso é que precisamos aperfeiçoar nosso processo burocrático, não eliminá-lo. É parte da burocracia proteger nossas crianças e mulheres, por exemplo.