SiUR Magazine Primeira Edição | Page 14

Nesta sexta-feira (19), durante sessão do Conselho Europeu, a França mencionou melhorias no processo de triagem para a entrada dos imigrantes, com o intuito de ampliar os centros para todos os países europeus. A proposta é que as triagens possam organizar o processo de imigração legal, ajudando na distribuição dos refugiados pela Europa e facilitando o controle e fiscalização.

O debate acerca da capacidade dos países em receber os refugiados foi intenso. A falta de recursos suficientes para o acolhimento, problemáticas regionais e crises financeiras foram algumas das dificuldades apontadas.

A delegação belga apresentou um olhar xenófobo ao se referir à crise humanitária sofrida pelos refugiados na Europa. Como forma de garantir a segurança, considerando a ameaça de ataques terroristas, para os representantes da Bélgica, é necessário pensar em um balanceamento da distribuição dos imigrantes pelo território europeu.

Portugal se manifestou de forma favorável ao acolhimento, mencionando a oferta de mão de obra barata com a entrada dos imigrantes no território português.

Outra política assistencialista indicada pela França foi a oferta de cursos de idioma para incentivar a inserção do grupo na sociedade francesa.

Em contrapartida, Itália se recusou a ter qualquer gasto com refugiados, assim como a Hungria, que considera a política de braços abertos insuficiente para lidar com a situação, denunciado o caráter esquerdistas das propostas e recusando adotar qualquer medida nesse sentido.

Conselho Europeu apresenta dificuldades em atingir consenso sobre refugiados

Debates são marcados por divergências políticas e xenofobia

Por Paolo Queiroz

Portugal se manifestou de forma favorável ao acolhimento, mencionando a oferta de mão de obra barata com a entrada dos imigrantes no território português.

Outra política assistencialista indicada pela França foi a oferta de cursos de idioma para incentivar a inserção do grupo na sociedade francesa.

Em contrapartida, Itália se recusou a ter qualquer gasto com refugiados, assim como a Hungria, que considera a política de braços abertos insuficiente para lidar com a situação, denunciado o caráter esquerdistas das propostas e recusando adotar qualquer medida nesse sentido.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciou, nesta sexta-feira (19), o debate sobre a AIDS. A Novartis, empresa especializada em produtos farmacêuticos, defendeu que a prioridade é investir em medicamentos econômicos e pesquisas clínicas.

No geral, os países se mostraram abertos à discussão e dispostos a encontrar uma solução para a problemática. O Brasil e a Argentina reconheceram que nos últimos anos houve um retrocesso no combate à AIDS, mas se propuseram a criar medidas mais efetivas.

Já China e a Rússia deixaram claro que são a favor do diálogo e de medidas que visem melhorar o sistema de saúde desde que não interfiram na soberania dos países. A Tailândia, além de citar os artigos 3 e 5 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, enfatizou a ideia de debater o tratamento da AIDS em todas as situações, inclusive em casos de mulheres grávidas, e afirmou que pretende cumprir com a meta 90-90-90.

Durante a sessão, ocorreu o debate informal para a criação de uma agenda da OMS. Foram estabelecidas que a prevenção e tratamento são pontos essenciais que devem ser vistos separados, assim como a Aids Alliance enfatizou.

Questões como maior acessibilidade à educação e melhorias no sistema carcerário foram colocadas em pauta como tópicos fundamentais na luta contra a AIDS. As delegações da Rússia e da China se mostraram receosas com alguns pontos e voltaram a destacar que a melhor solução são programas estatais e não internacionais.

A respeito do sistema carcerário, o Brasil apontou que os presos não são prioridade e que a prevenção deve ser feita para as “pessoas de bem”. Em contrapartida, países, como o Reino Unido e Suécia, e órgãos, como Ilga e Unicef, afirmaram que os presídios são locais de grande propagação do vírus e, por isso, devem ser incluídos nos projetos de prevenção. Além disso, colocaram em evidência que saúde é um direito de todo indivíduo, independente de sua condição na sociedade.

“Prevenção da AIDS deve ser feita para as pessoas de bem”, diz delegado do Brasil

Debate sobre medidas de combate à doença foi iniciado nesta sexta

Por Maria Luiza Garcia Rabelo

Questões como maior acessibilidade à educação e melhorias no sistema carcerário foram colocadas em pauta como tópicos fundamentais na luta contra a AIDS. As delegações da Rússia e da China se mostraram receosas com alguns pontos e voltaram a destacar que a melhor solução são programas estatais e não internacionais.

A respeito do sistema carcerário, o Brasil apontou que os presos não são prioridade e que a prevenção deve ser feita para as “pessoas de bem”. Em contrapartida, países, como o Reino Unido e Suécia, e órgãos, como Ilga e Unicef, afirmaram que os presídios são locais de grande propagação do vírus e, por isso, devem ser incluídos nos projetos de prevenção. Além disso, colocaram em evidência que saúde é um direito de todo indivíduo, independente de sua condição na sociedade.