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16 MUSIC Magazine | May 2011 mulheres não gostarem de falar sobre su a sex ualidade , não reve lando a s s im , a v e rd a d e p a r a a p e s q u i s a . N o e n t a n t o , a prát i ca e a abordagem sobre e la a ind a é encarada dife re nte e ntre os gê ne ros . Daniela nos diz que a diferença para ela é vista como cultural e social: “Para o homem a masturbação é vista como natural e estimulada pela socie- d a d e c o m re v i s t a s d e m u l h e r p e l a d a , o m en i no t rancado no banheiro et c . A f ina l, el e é o “dono” do “objeto” que d á p ra z e r às mulheres, então nada mais normal que o pêni s dê pr a zer a e le também ( . . . ) e le , o pêni s, é que nos proporc iona p ra z e r. Que nós não devemos nos tocar. É uma q u e s t ã o q u e e s t á m u i to e n ra i z a d a n a n o s s a s oc i e da d e”. E v o lu ç ã o A abordagem do assunto vem mudando aos poucos e tende a deixar de ser um tabu, principalmente na era do empoderamento feminino. A redes so ci ai s aj udam muito nessa co ns truç ã o, com diversas matérias, blogs e vídeos v o l t a d o s p a r a a s e x u a l i d a d e d a m u l h e r. Os brinquedos eróticos, muitas vezes vo l t ado par a esse públic o, são e x e m p los d e s s a l i b e rd a d e c re s c e n t e . A b r a s i l e i r a precisa de mais educação sexual voltada para el a, que todos se liber tem d os p re- conceitos para desfrutar de cada parte do seu co rpo, da for ma que qu is e r, s e m c u l p a . O p r a z e r e s t á e m t o d a a m u l h e r, na imaginação, cabelo, pescoço, seios, barriga, clitóris, pernas, pés e em tudo que a compõe, portanto, desfrute de tudo com amplitude e prazer. “Como diz o Gato do fi l me da A lice no P aís das Ma ra v ilha s : pra quem não sabe onde vai, qualquer c a m i n h o s e r v e . . . ” b r i n c a a e n t re v i s t a d a Dani el a. MUSIC Magazine | May 2011 17