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MUSIC Magazine | May 2011
mulheres não gostarem de falar sobre
su a sex ualidade , não reve lando a s s im , a
v e rd a d e p a r a a p e s q u i s a . N o e n t a n t o , a
prát i ca e a abordagem sobre e la a ind a é
encarada dife re nte e ntre os gê ne ros .
Daniela nos diz que a diferença
para ela é vista como cultural e social:
“Para o homem a masturbação é vista
como natural e estimulada pela socie-
d a d e c o m re v i s t a s d e m u l h e r p e l a d a , o
m en i no t rancado no banheiro et c . A f ina l,
el e é o “dono” do “objeto” que d á p ra z e r
às mulheres, então nada mais normal que
o pêni s dê pr a zer a e le também ( . . . ) e le ,
o pêni s, é que nos proporc iona p ra z e r.
Que nós não devemos nos tocar. É uma
q u e s t ã o q u e e s t á m u i to e n ra i z a d a n a n o s s a
s oc i e da d e”.
E v o lu ç ã o
A abordagem do assunto vem
mudando aos poucos e tende a deixar
de ser um tabu, principalmente na era
do empoderamento feminino. A redes
so ci ai s aj udam muito nessa co ns truç ã o,
com diversas matérias, blogs e vídeos
v o l t a d o s p a r a a s e x u a l i d a d e d a m u l h e r.
Os brinquedos eróticos, muitas vezes
vo l t ado par a esse públic o, são e x e m p los
d e s s a l i b e rd a d e c re s c e n t e . A b r a s i l e i r a
precisa de mais educação sexual voltada
para el a, que todos se liber tem d os p re-
conceitos para desfrutar de cada parte
do seu co rpo, da for ma que qu is e r, s e m
c u l p a . O p r a z e r e s t á e m t o d a a m u l h e r,
na imaginação, cabelo, pescoço, seios,
barriga, clitóris, pernas, pés e em tudo
que a compõe, portanto, desfrute de tudo
com amplitude e prazer. “Como diz o Gato
do fi l me da A lice no P aís das Ma ra v ilha s :
pra quem não sabe onde vai, qualquer
c a m i n h o s e r v e . . . ” b r i n c a a e n t re v i s t a d a
Dani el a.
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