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Investimentos públicos. O sonho é o governo voltar
a investir os 5% em infraestrutura no Brasil como fazia
nos anos 70, época em que o governo não era gastador
e convivia com apenas 20% do PIB. Com essas 10 PECs
aprovadas e implementadas, o governo brasileiro poderá
voltar a investir pelo menos 2% do PIB em infraestrutura,
já em 2020 e gradativamente aumentar para o patamar de
5%. É sempre bom lembrar que, na China, os investimentos
totais representam mais de 40% do PIB chinês, razão pela
qual o país virou um canteiro de obras, que estimularam o
elevadíssimo crescimento econômico nos últimos 30 anos.
A título de sugestão, o mapa a seguir sugere ligar o Atlântico
ao Pacífico por ferrovia (bitola larga, evidentemente) em três
distintas direções: ligando Porto de Suape (PE) ao Equador;
do Porto Vitória (ES) ao Peru e de Paranaguá (PR) ao Chile, um
total de aproximadamente 13 mil km. Essas ferrovias seriam
fundamentalmente para transporte de mercadorias, ainda mais
que o mercado asiático é o que mais crescerá no futuro. Além
dessas três grandes ferrovias, sugere-se também uma ferrovia
que ligue todo o litoral brasileiro (de Porto Alegre a Belém)
para atender a dupla finalidade: transporte de pessoas e de
mercadorias. Neste caso, estamos falando de trens com alta
velocidade (padrão shinkansen, com 250 km/hora) que vai
estimular o turismo no Brasil e só deve parar nas capitais. No
total dessas quatro grandes ferrovias, estima-se uma extensão
de aproximadamente 20 mil km, que a um custo (unitário) de
US$ 2,5 milhões por km, custarão ao redor de US$ 50 bilhões,
ou seja, em torno de R$ 170 bilhões, que parece muito, mas
representa metade do que o governo brasileiro torra com juros
por ano. Com PPPs, envolvendo a participação do governo
e da iniciativa privada, nacional e internacional, será fácil
conseguir investidores para esses quatro grandes projetos de
ferrovias. Certamente, os chineses serão grandes interessados
para investirem na ligação do Atlântico ao Pacífico, por razões
óbvias, afinal, ferrovias e hidrovias (Pacífico) são os dois meios
mais baratos de transporte (infelizmente o Brasil optou pelo
segundo meio mais caro, as rodovias, mas isto tem que mudar).
Precisamos ter visão estratégica de longo prazo e pensar
grande.
apoio financeiro do BNDES e um ambiente jurídico
confiável, certamente nossas construtoras participarão.
Com a aprovação das 10 PECs citadas, haverá equilíbrio
fiscal e os juros tendem a cair drasticamente no Brasil,
estimulando os investimentos produtivos em novas
máquinas e na infraestrutura por parte do setor privado. É a
volta do crescimento econômico sustentado.
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