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• 74 Melhoria da qualificação dos professores da educação básica. Para tanto, as universidades públicas precisam melhorar muito seus cursos de formação de professores para o ensino básico. Quando os alunos entram no curso de licenciatura se deparam com um currículo defasado, que menospreza as atividades práticas, concentrando- se na abordagem teórica. O Conselho Nacional de Educação e o Ministério da Educação deveriam rever as diretrizes das licenciaturas e propor novos padrões. • Implantação da meritocracia na educação básica. Os professores da educação básica, pela vital importância que têm para a sociedade, devem sim ser avaliados pelo desempenho e dedicação. Para tanto, a avaliação de desempenho passa a ser obrigatória, a exemplo do que existe na iniciativa privada. Essa avaliação deve ser feita pela direção da escola, ouvindo os alunos. A avaliação de meritocracia é algo inegociável por parte do governo, pois essa é uma pedra fundamental para a melhoria qualitativa da educação básica pública brasileira. • Valorização do professor da educação básica. Aqui precisamos copiar os países desenvolvidos, onde o professor do ensino básico é reverenciado e distinguido, ao contrário do Brasil, em que o professor ganha muito mal e não é valorizado. A valorização passa por salários melhores, em que o professor possa sobreviver dignamente por sua dedicação em tempo integral à educação. Como contrapartida, eles devem ser avaliados permanentemente e receberem salários diferenciados a título de premiação. Por isso, a meritocracia, acima mencionada. É a única categoria de servidores públicos que devem ter aumentos salariais acima da inflação oficial, ao longo dos próximos dez anos. Só assim, o país estará dando demonstração de que realmente quer fazer da boa educação o grande diferencial do país daqui para frente. Por outro lado, eles devem ser cobrados. É a tal da meritocracia. • Plano de carreira do Magistério. A valorização do professor não só passa por um salário digno, como também via um plano de carreira, que premia a meritocracia e também a qualificação do professor ao longo da sua vida profissional, de tal modo que aqueles professores que fizerem mais cursos nas suas áreas de atuação terão progressos mais rápidos na carreira, como também aqueles que têm melhor desempenho. A isonomia tanto defendida pelos sindicatos torna iguais os desiguais, desestimulando os melhores professores a se tornarem iguais aos que pouco fazem para uma educação de excelência. É injusto que um bom professor ganhe o mesmo que um outro professor que não tem compromisso com a sua profissão. É fundamental corrigir isso. É preciso acabar com a isonomia salarial. • Exame nacional de avaliação da qualidade de professores. O Chile adotou esse exame para os que estão saindo da universidade. Como ponto de partida, nessa revolução por uma educação de qualidade, propõe-se um exame nacional para avaliar Matemática, Física, Química e Biologia, são ministradas por professores que não são habilitados nestas áreas. 75