Riscos que nos ameaçam PD50 | Page 63

Eleitores analfabetos e omissos? Arlindo Fernandes de Oliveira O s candidatos às eleições de outubro de 2018, os partidos políticos e seus dirigentes, por todo o Brasil, acham-se a elaborar suas táticas e estratégias para enfrentar o processo eleitoral que se iniciou formalmente, na prática, com o vencimento do prazo de filiação partidária, em 6 de abril. Esta elaboração de uma tática e uma estratégia eleitoral deve compreender, como um dos seus elementos, uma visão atualizada do conjunto dos eleitores do país, o corpo eleitoral, em diversas expressões, sua dimensão, sua distribuição geográfica pela circunscrição, sua composição de gênero, sua repartição pelas faixas etárias, seu histórico de comparecimento às urnas e sua formação cultural. Este último item inclui a escolaridade formal e a experiência político-eleitoral. Importa, principalmente no caso, para a imensa maioria dos candidatos, avaliar de forma realista e crítica o eleitorado da circunscrição em que disputará as eleições. No caso destas elei- ções gerais de 2018, esta circunscrição será quase sempre uma unidade federada: um Estado ou o Distrito Federal. Com efeito, quase todos os pleitos, sejam os federais (para deputado federal e senador) ou estaduais (para deputado estadual e governador), ocorrem na circunscrição do Estado, ou do DF. Apenas o pleito nacional (para presidente da República) ocorre na circunscrição do país, e, por isso, sujeita-se a uma outra dinâ- mica político-eleitoral. 61