Eleitores analfabetos e omissos?
Arlindo Fernandes de Oliveira
O
s candidatos às eleições de outubro de 2018, os partidos
políticos e seus dirigentes, por todo o Brasil, acham-se
a elaborar suas táticas e estratégias para enfrentar o
processo eleitoral que se iniciou formalmente, na prática, com o
vencimento do prazo de filiação partidária, em 6 de abril.
Esta elaboração de uma tática e uma estratégia eleitoral deve
compreender, como um dos seus elementos, uma visão atualizada
do conjunto dos eleitores do país, o corpo eleitoral, em diversas
expressões, sua dimensão, sua distribuição geográfica pela
circunscrição, sua composição de gênero, sua repartição pelas
faixas etárias, seu histórico de comparecimento às urnas e sua
formação cultural. Este último item inclui a escolaridade formal e
a experiência político-eleitoral.
Importa, principalmente no caso, para a imensa maioria dos
candidatos, avaliar de forma realista e crítica o eleitorado da
circunscrição em que disputará as eleições. No caso destas elei-
ções gerais de 2018, esta circunscrição será quase sempre uma
unidade federada: um Estado ou o Distrito Federal.
Com efeito, quase todos os pleitos, sejam os federais (para
deputado federal e senador) ou estaduais (para deputado estadual
e governador), ocorrem na circunscrição do Estado, ou do DF.
Apenas o pleito nacional (para presidente da República) ocorre na
circunscrição do país, e, por isso, sujeita-se a uma outra dinâ-
mica político-eleitoral.
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