Riscos que nos ameaçam PD50 | Page 53

sas, imprudentes e perigosas, que comprometem os horizontes fiscais da República além de escamotearem, com políticas econômi- cas dignas de desenhos autárquicos do passado, os equívocos trági- cos que a história, mesmo a mais recente, nos têm ensinado. Vivemos um momento de resgate da política e de refundação. Não há razão para se partir do zero, mas também não há razão para imaginarmos que o novo cairá do céu ou derivará de qual- quer retórica mercadológica ou marqueteira. Também não há razão para acreditar que os brasileiros de bem não construíram, mesmo que contraditoriamente, um país cheio de vitalidade e que, transformado, deverá ser um excelente lugar para se viver. É preciso extrair do esforço democrático de luta dos brasileiros, tal como se fez na luta contra o autoritarismo, os fundamentos de um amplo programa de reformas que deverá, sem as falsas promes- sas e ilusões fáceis da demagogia e da antipolítica, transformar o país. É hora de nos atualizarmos ao mundo e vivermos com since- ridade os desafios do futuro. Não surgirá efetivamente nada de novo e positivo nesta quadra se nossos propósitos não forem largos e claros visando uma atualização verdadeira e realista. Trata-se, desta forma, de uma oportunidade histórica que não pode ser vivida como “oportunismo” ou mais um “transformismo”. Não surgirá nada de novo nesta quadra se nossos propósitos não visarem a uma atualização verdadeira e realista. As ideias- chave para tanto são a valorização do trabalho, da ética e da Repú- blica, estímulo à inovação e ao crescimento econômico, visão social consonante com o mundo em transformação, democracia e novo reformismo. Tudo depende de cada um e de todos nós. De um pequeno partido e de movimentos renovadores da política formados por pessoas que devem, como o conjunto da população, estar no centro das nossas preocupações e dos nossos horizontes. Um novo partido democrático para o Brasil 51