sas, imprudentes e perigosas, que comprometem os horizontes
fiscais da República além de escamotearem, com políticas econômi-
cas dignas de desenhos autárquicos do passado, os equívocos trági-
cos que a história, mesmo a mais recente, nos têm ensinado.
Vivemos um momento de resgate da política e de refundação.
Não há razão para se partir do zero, mas também não há razão
para imaginarmos que o novo cairá do céu ou derivará de qual-
quer retórica mercadológica ou marqueteira. Também não há
razão para acreditar que os brasileiros de bem não construíram,
mesmo que contraditoriamente, um país cheio de vitalidade e que,
transformado, deverá ser um excelente lugar para se viver.
É preciso extrair do esforço democrático de luta dos brasileiros,
tal como se fez na luta contra o autoritarismo, os fundamentos de
um amplo programa de reformas que deverá, sem as falsas promes-
sas e ilusões fáceis da demagogia e da antipolítica, transformar o
país. É hora de nos atualizarmos ao mundo e vivermos com since-
ridade os desafios do futuro. Não surgirá efetivamente nada de
novo e positivo nesta quadra se nossos propósitos não forem largos
e claros visando uma atualização verdadeira e realista. Trata-se,
desta forma, de uma oportunidade histórica que não pode ser
vivida como “oportunismo” ou mais um “transformismo”.
Não surgirá nada de novo nesta quadra se nossos propósitos
não visarem a uma atualização verdadeira e realista. As ideias-
chave para tanto são a valorização do trabalho, da ética e da Repú-
blica, estímulo à inovação e ao crescimento econômico, visão social
consonante com o mundo em transformação, democracia e novo
reformismo. Tudo depende de cada um e de todos nós. De um
pequeno partido e de movimentos renovadores da política formados
por pessoas que devem, como o conjunto da população, estar no
centro das nossas preocupações e dos nossos horizontes.
Um novo partido democrático para o Brasil
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