bilhões, em maio de 2016; e na semana anterior à greve, em maio
de 2018, o valor era de R$ 370 bilhões. O governo não soube combi-
nar a competência gerencial com a oportunidade social; associar o
respeito à aritmética com a sensibilidade social; como ter uma
Petrobras eficiente e, ao mesmo tempo, uma população satisfeita;
nem a população satisfeita com a Petrobras destruída, nem a Petro-
bras eficiente com a população descontente.
A pedagogia da catástrofe pode funcionar, mas somente se
aprendemos com ela. É preciso agir.
No curto prazo:
1. Respeitar a eficiência da Petrobras.
2. Criar um amortecedor para evitar que os reajustes forçados
pelo aumento do preço do petróleo e a valorização cambial do
dólar penalizem o consumidor.
3. Financiar este amortecedor, por prazo determinado, com
subsídios, sem provocar déficits fiscais.
4. Levar adiante a disputa política para definir quais setores
serão sacrificados com o propósito de beneficiar o consumidor de
combustível; sabendo que agora não é mais tempo de reivindicar
mais recursos sem tocar nos demais gastos, porém de lutar por
mais recursos em oposição a outros setores.
5. Revigorar o Proálcool e a produção de carros elétricos.
6. Eliminar os gastos com privilégios no serviço público, espe-
cialmente nos Poderes Legislativo e Judiciário, sobretudo pelo
impacto moral e pela credibilidade que o fim deles trará ao exer-
cício da função pública.
No longo prazo:
1. Iniciar uma política ferroviária, hidroviária e de cabotagem,
para o transporte entre cidad