coisas, de alguma esperança para a construção de um futuro
melhor. Enfim, de gerar um novo olhar para o mundo, só possível
em um ambiente de militância democrática e de pluralismo.
O futuro é agora e pela via democrática
Em um ano decisivo que definirá os rumos do Brasil após a
transição iniciada com o impeachment da presidente Dilma, em
2016, é inegável que o país passa por um momento crucial. Depois
de superarmos a mais aguda recessão econômica de nossa histó-
ria republicana, um desastroso legado deixado pelo lulopetismo, e
ainda enfrentando os desdobramentos de uma profunda crise
moral e do descrédito generalizado da população em relação à
política, é importante que todos aqueles que têm compromisso e
responsabilidade com o país estejam dispostos a dialogar e esta-
belecer pontes com a sociedade civil, representada por uma série
de movimentos cívicos cada vez mais atuantes.
Em um mundo marcado por um inevitável e revolucionário
processo de transformação, não é das tarefas mais simples para
as forças políticas e agremiações partidárias se adaptarem a esta
nova realidade. Instituições datadas do período da Revolução
Industrial, ainda no século XIX, os partidos políticos hoje têm
enorme dificuldade de se estabelecer nas sociedades plenamente
interconectadas em rede. A degradação moral e a corrupção
desenfreada que caracterizaram os 13 anos de governos do PT,
com Lula e Dilma, só agravaram esse quadro. Há uma total desco-
nexão e um claro descompasso entre representantes e representa-
dos e, também por isso, é fundamental que os agentes políticos
façam uma autocrítica e se abram, verdadeiramente, aos movi-
mentos que, oriundos da sociedade civil, pretendem participar de
uma renovação do processo político.
Neste sentido, o PPS, que historicamente sempre defendeu
uma nova formação política, tem consciência de que os partidos
já não conseguem vocalizar as demandas sociais com a agilidade
necessária. Nos últimos meses, abrimos um amplo, generoso e
produtivo diálogo com movimentos de vários matizes – diferentes
entre si, mas dispostos a ingressar na política e viabilizar uma
nova forma de representação. Não sabemos qual será o destino
dos partidos no curto ou médio prazo, mas é muito provável –
quase uma certeza – que eles não mais existirão, da forma como
se colocam hoje, em um futuro que se anuncia mais próximo do
Vamos falar do hoje e do amanhã
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