estrutura institucional de poderes, em que o Executivo domina a
tudo e a todos, particularmente o Legislativo, e se mantém, de
cima para baixo, fazendo uso quase que perfeito de todo um
esquema de controle da máquina estatal e dos recursos financei-
ros de que pode dispor, numa utilização do dinheiro público sob
formas corruptas, acima de qualquer limite.
Sem esquecer o que ocorre no Supremo Tribunal Federal, que vem
procurando aparecer mais do que os demais poderes, sobretudo
adotando resoluções coletivas, de Turma e individuais, que atropelam
o seu importantíssimo e exclusivo papel de fazer com que a Constitui-
ção seja cumprida pelos poderes e cidadãos da República.
Outro dos nossos problemas mais graves, nos dias correntes, é
que não há clareza nem perspectiva sobre o nosso futuro imediato,
sobretudo no tocante aos riscos que nos ameaçam e como evitá-los
ou enfrentá-los, particularmente diante da indeterminação de um
quadro eleitoral cujos rumos são mais que indefinidos.
Para a Presidência da República, há mais de vinte candidatos,
e outros mais poderão surgir, e as articulações entre os partidos
ainda se revelam muito débeis, sem falar que não se conhece que
ideias e propostas existem na cabeça dos que pretendem chegar
ao Palácio do Planalto nem das organizações partidárias de que
fazem parte, e muito menos que mudanças podem ocorrer na
composição da Câmara Federal (hoje inteiramente dominada
pelos que pensam em si e seus esquemas e pouco afeitos às
exigências de iniciarmos a construção de um novo país).
Um elemento positivo a destacar é que pessoas honradas e
qualificadas que antes evitavam a política, criaram e estão
atuando em movimentos cívicos como Agora!, RenovaBr, Livres,
Acredito, Brasil 21, RenovaBr, Rede de Ação Política pela Susten-
tabilidade (Raps), Frente pela Renovação, Vem pra Rua, Roda
Democrática, dentre outros. Desta forma, o envolvimento com a
política transformou-se em uma decisão crescente para homens e
mulheres, que pretendem colaborar para darmos passos que nos
levem a encontrar novos caminhos para o nosso Brasil.
Todas estas questões, e muitas outras, são motivo de análise
por parte dos nossos colaboradores nesta rica edição, a de nº 50, e
já no 18º aniversário do advento e presença permanente da nossa
revista na vida política e cultural do país.
Boa leitura!
Os Editores