Riscos que nos ameaçam PD50 | Page 109

O Brasil em estado de coma Dioclécio Campos Júnior O organismo social do Brasil, um país gigante, encontra- -se depauperado, quase em coma. Precisa ser reanimado com urgência. Seu coração enfraquecido, débil, já não pulsa bem. Sua mente, deveras embotada, perde a capacidade de pensar. A nação já não respira com a profundidade necessária, não se oxigena. Os órgãos e sistemas públicos têm sido invadidos, infectados e corrompidos por micróbios populistas, virulentos e destruidores, que desagregam o seu funcionamento. Vai sendo assim instalada a falência múltipla dos órgãos nacionais, cuja gravidade coloca o país em péssimo prognóstico de sobrevivência. Células e tecidos de cada estrutura governamental estão conta- minados por bactérias políticas cada vez mais resistentes a medi- das transformadoras que possam erradicar o seu grave poder infectante. A função renal torna-se desgovernada, deixando de filtrar e eliminar as substâncias tóxicas das ideologias radicais que prejudicam a evolução cerebral do seu povo, impedindo-o de reagir fisiologicamente em favor da reanimação do organismo nacional. A perniciosa infecção ideológica, que corrompe vísceras e entranhas da sociedade, dissemina-se, a olhos vistos, configu- rando-se a septicemia subversiva que já se revela quase irreversí- vel. O corpo da nação está visivelmente desnutrido, caquético, empobrecido pelo modelo de Estado que lhe foi imposto. A anemia do atraso educacional empalidece as perspectivas de uma recupe- ração à altura do seu potencial de desenvolvimento, que tem sido 107