mexilhões e vieiras consolidou-se tecnologicamente e, com a
confiança do mercado, é hoje uma atividade em expansão.
O mercado mundial de todas as carnes, com exceção do
pescado, em 2016, foi de US$ 46,4 bilhões, enquanto o mercado
de pescado atingiu, no mesmo ano, US$ 146 bilhões, isto é três
vezes mais.
A participação do Brasil, com 14,2 bilhões de dólares, é de
30,6% para as carnes. Já no pescado com exportações de US$
260 milhões representamos apenas 0,17% do mercado mundial,
justamente onde poderíamos ser os maiores.
Nossos problemas são de ordem doméstica: temos que vencer
a desconfiança da sociedade, bombardeada por propaganda nega-
tiva daqueles que preferem vender nossa autonomia em troca de
uns poucos milhões de dólares de ajuda à “preservação ambien-
tal”, garantindo aos concorrentes do mercado internacional que o
mais promissor produtor de pescado continuará amordaçado por
falsas premissas.
As soluções são simples e as respostas produtivas são de tal
forma grandiosas na geração de empregos e riquezas, naquelas
áreas onde o Brasil é mais vulnerável economicamente que, de
tão óbvias, não cabe menção. Uma coisa, no entanto, deve ser
repetida: potencial não é nada diante da falta de vontade. O país
precisa se preparar para assumir, sem medo, sua posição de
grande produtor também no pescado. Voltamos a ter esperança,
num futuro próximo.
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Sérgio Pinho