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Editorial (Revista Redescrições Ano5, n.3)
Saudações leitor e leitora de Redescrições! Chegamos ao último número do Ano
5, mas ano que vem tem mais! Agradecemos a todos que participam enviando artigos,
traduções e suas notas e comentários. Também agradecemos aos leitores e a todos que
divulgam nossa revista! Um feliz ano novo, e boa leitura!
Aproveitamos para apresentar os novos integrantes da edição de Redescrições:
Paulo Francisco Martins Ghiraldelli e Victor Lima; sejam bem vindos!
Os editores elaboraram pequenos resumos para expor os temas e discussões
principais de cada texto. Abrindo a revista, trazemos cinco artigos inéditos:
Pedro Proscursin Junior, em "O direito como uma prática conversacional",
investiga o uso do vocábulo "direito" nos textos de Richard Rorty para sugerir um uso
alternativo a ele na prática jurídica. De forma mais geral, o autor busca apreender o que
seria uma aproximação rortyana ao Direito e mostrar como tal abordagem poderia ser
útil à atuação do jurista. Sugere que ao se aproximar de uma prática literária e
conversacional, o Direito se avizinha à prática romana, início de sua tradição, que além
de o encarar como ciência, toma-o como uma arte, isto é, como uma boa condução da
prudência.
No artigo “Do não cognitivismo ao cognitivismo dos enunciados éticos – a
mudança nas noções de fato e de objetividade em Hilary Putnam”, Alexandre de
Freitas de Mello Junior segue Putnam numa caracterização da distinção positivista
lógica entre “analítico” e “sintético”, como tributária da noção de fato do empirismo
clássico, por exemplo em Hume. O objetivo de Alexandre Freitas é, a partir dessa
análise, criticar a distinção posterior entre “fato” e “valor”, propondo assim a
possibilidade de uma “objetividade dos valores éticos”.
No artigo “Considerações sobre The Varieties of Reference (1982) de Gareth
Evans”, Guilherme Ivo busca elucidar pressupostos do autor da obra que não são
expressos explicitamente. Ao fim, Ivo caracteriza a escrita de Evans como centrada num
modelo lógico-matemático, e permeada por imagens jurídicas e financeiras. Ivo
relaciona então a loucura a uma teoria da linguagem.
Redescrições - Revista online do GT de Pragmatismo, ano V, nº 3, 2014 [p. 4 a 6]