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preformas (Vorformen) podem entrar em cena como imagens completas: descobertas
como obras, obras como matérias-primas, acasos como transgressores 29, atos como
correntes em derivas (Driften), processos como gestos. Em tudo atua a mesma
granulação (Kornung) fática do mundo. O ser-fronteira (das Grenze-Sein) sempre faz
parar as coisas visíveis. Nesta parada é dada toda crueza do mundo, um motivo porque a
arte moderna se aproxima mais da seriedade existencial do que qualquer outra arte
advinda desde o tempo das pinturas mágicas rupestres. O pintor que faz da sua queda
tema de obras e séries tem que observar, no decurso do tempo, a igualdade das coisas
diante do olhar tosco30. Para alguém que cai para fora da janela, as fachadas, ao longo
das quais ele cai, e as cenas de vida por trás das janelas, que tocam o seu olhar na queda
(im Fallen), não fazem diferença. Ele está profundamente caído na circunstância nua,
em que não faz sentido a ele supor sobre algo mais profundo por trás de um fenômeno
(Erscheinung). O que vem então em primeiro lugar? E em segundo? O aparecer (das
Erscheinen) é em si a profundidade (die Tiefe). A arte colocada em queda livre é
penetrada pela profundidade sempre igual (Gleichtiefe) das coisas que aparecem. No
entanto, o que parece ser um método de indiferença com relação a tudo é, na verdade,
um ensaio no poder da experiência, que vai ao extremo, a fim de se expor à
multiplicidade de visões de mundo e a seu desenvolvimento nas obras.
IV
Tomas de Aquino diz que os anjos não são como seres (Wesen) corpóreos no
espaço, mas que eles geram o espaço a part