Revista Pulse Pulse #2 | Page 14

Pedro Spajari em ação Foto: Satiro Sodré/SSPress Tratamento na clínica ajuda nadador a de Klinefelter e melhorar P edro Spajari, um dos principais velocistas do Brasil e agora do mundo, contou com a ajuda da Pulse- Medici- na Esportiva, para um momento essencial na sua carrei- ra. Há quase quatro anos o atleta do Esporte Clube Pinheiros descobriu ser portador da síndrome de Klinefelter, uma con- dição genética em que o indivíduo masculino nasce com um cromossomo X a mais do que o normal. Essa alteração está relacionada com a diminuição da produ- ção dos hormônios sexuais masculinos e isso traz alterações físicas e comportamentais significativas. Entre elas, os baixos níveis de testosterona, o que acarreta na escassez de produ- ção de pelos no corpo, dificuldade de ganhar massa muscular, queda do vigor físico e prejuízo cognitivo, além de baixa imu- pág. 14 nidade e, muitas vezes, a infertilidade. “Fiquei muito triste. Minha mãe e meu pai me ajudaram e deram força porque eu mo- rava sozinho em São Paulo. Houve uma época que eu queria parar de nadar. Pensa- va que era inferior a todo mundo”, afirmou Spajari à Folha de S.Paulo. Mesmo com todas essas alterações, Spajari nunca deixou de sonhar com o alto rendi- mento e a seleção brasileira de natação. No início da carreira o atleta optou pelo não tratamento, mas em 2016, quando não con- seguiu entrar para o time olímpico, perce- superar obstáculos impostos pela Síndrome performance no esporte beu que era necessário. O atleta procurou a Dra Ana Carolina Côr- te, médica da Pulse – Medicina Esportiva, que avaliou o caso e decidiu iniciar o tra- tamento. “Foi uma decisão em conjunto. Com o diagnóstico, revisei o que tem de mais atual na literatura, e o tratamento proposto é a reposição hormonal. Conver- sei com o Pedro, expliquei que para que ele tratasse, precisaríamos de uma auto- rização para uso da medicação emitida pela ABCD e FINA. E mostrei que o fato da baixíssima produção de testosterona o estava prejudicando em diversos aspectos, não somente na performance esportiva, mas aspectos clínicos também. Pedro topou o tratamento”, disse a doutora. Eles demoraram quatro meses, entre a confirmação diagnóstica com exames, a elaboração de uma justificativa para a FINA e ABCD e o recebimento da autorização do uso da medicação. Enquanto isso, foi preciso coletar os dados do atleta. “Coleta- mos dados de composição corporal, força, e exames laborato- riais. Assim que eu recebi a autorização, o Pedro me pediu que conversasse com o Albertinho, o treinador dele, e assim nós três sabíamos que o melhor estaria por vir”, completou a médica. A profissional da Pulse explica que os níveis de testosterona de- vem ser monitorados todos os meses e não devem ultrapassar pág. 15