A sua condução no cargo de Presidente da
Confederação Brasileira de Orientação corresponde a um
d e s í g n i o p e n s a d o a l o n go p ra zo o u fo ra m a s
circunstâncias destes úl mos meses que ditaram a sua
candidatura e consequente eleição?
L. S. M. - A ideia de me candidatar foi tomada no
regresso do Campeonato do Mundo de Veteranos que
decorreu na Suécia, no final do passado mês de Julho. A
minha intenção nunca foi essa, mas as circunstâncias
levaram-me a tomar essa decisão porque as coisas
encaminhavam-se para uma acomodação e para a
con nuidade daquilo que estava estabelecido. A minha
decisão acabou por ir no sen do de organizar uma lista que
visasse alterar este quadro e concorremos com o lema
“Renovação e Conciliação”. Foi a única Lista que se
apresentou a sufrágio.
Foto: Gen lmente cedida por Luiz Sérgio Mendes
A Orientação brasileira viveu, no primeiro sábado de
setembro, um momento verdadeiramente histórico. Ao ser
eleito como novo Presidente da Confederação Brasileira de
Orientação para um mandato de quatro anos, Luíz Sérgio
Mendes coloca na “renovação e conciliação” as suas
atenções, apontando caminhos de futuro.
Veja abaixo um trecho da reportagem que o jornalista
português Joaquim Margarido fez para o blog português
especializado em orientação, Orientovar.
Texto original em português de Portugal.
Como é que está a viver o seu primeiro dia como o
novo Presidente da Confederação Brasileira de Orientação?
Luiz Sérgio Mendes (L. S. M.) - Ainda um pouco
cansado da viagem e do longo processo que foi essa mudança
promovida no dia de ontem. Para mim este é sobretudo um
dia de reflexão, de pensar naquilo que poderemos fazer para
atender ao chamamento, àquilo que as pessoas esperam que
consigamos colocar em prá ca. Vivemos um período de
dezasseis anos em que vemos um único Presidente, José
Otávio [Dornelles], que não se pode negar fez um bom
trabalho na construção da nossa Orientação. Mas os tempos
mudaram, dezasseis anos é mais do que uma geração e na
verdade a nossa Orientação não progrediu como poderia ter
progredido.
Falando agora de renovação, estamos a falar de
“desmilitarização” da Orientação brasileira ou o papel das
Forças Armadas na Orientação brasileira é de tal forma
importante que não há condições para que esta
“desvinculação” se possa fazer de forma plena?
L. S. M. - A este propósito, gostaria de ressalvar que a
Orientação brasileira é desvinculada das Forças Armadas
brasileiras. É verdade que os principais atletas estão
vinculados às Forças Armadas, mas os clubes são en dades
civis, com estatutos próprios ao abrigo de legislação da
sociedade civil. A mudança é demorada e grada va porque os
militares – e enten