Revista PrisMagazine Número 004 Ano I - dezembro 2015 | Page 34
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Fernando
Pamplona
ENTREVISTANDO
Meu nome é Francisco José Pamplona, nasci em Gaspar (SC) em 07/09/1954 (61 anos). Em 1973 me transferi para
Florianópolis onde cursei Engenharia Mecânica na UFSC, tendo me formado em 1977. Sou casado com a também
orien sta O ldes Costa Furtado Pamplona. Trabalho há trinta anos no Centro de Informá ca e Automação do
Estado de Santa Catarina – CIASC, em Florianópolis, onde exerci as funções de analista de sistemas, analista de
suporte e, atualmente, administrador de banco de dados. Sou filiado ao Clube de Orientação de Curi ba – COC,
tendo iniciado no Barriga Verde Clube de Orientação – BAVECO.
Revista PrisMagazine - Como iniciou a pra car orientação?
Francisco José Pamplona (J.F.P.) - Minha “iniciação” na Orientação
deu-se por intermédio de um grupo de orien stas que, assim como
eu, pra cava Trekking de Regularidade [rally a pé], até 2005, quando
essa modalidade espor va deixou de exis r em Fpolis. Buscando
uma alterna va, entrei em contato com os referidos colegas, os
quais me convidaram a par cipar do Florientação, campeonato
municipal, onde ve os primeiros contatos com o esporte. No ano
seguinte, compe no Campeonato Catarinense de Orientação –
CiCOr, no Campeonato Metropolitano de Orientação de Curi ba –
CMOC e no Circuito Paranaense de Orientação – CiPO, juntamente
com a O ldes, na categoria “acompanhados”, focando
exclusivamente em nosso aprendizado. A par r de 2007, nós
seguimos nossos próprios caminhos nas categorias individuais.
Desde então, as fronteiras foram se ampliando e a minha
par cipação aumentando.
Revista PrisMagazine - O que mais gosta na Orientação?
(J.F.P.) - Na Orientação, o que mais aprecio é entrar na pista e
realizar o meu percurso resolvendo os quebra-cabeças que o terreno
coloca à minha frente. Concentrado na leitura e na interpretação do
mapa e atento à escolha das melhores rotas, esqueço a ro na do dia
a dia, e o meu mundo, nesse momento, resume-se à natureza que
me cerca. Essa sensação me traz a oportunidade [ou necessidade?]
de viajar, de conhecer novos lugares e, principalmente, de conhecer
pessoas e estabelecer novas relações de amizade.
Revista PrisMagazine - O que a Orientação representa na sua vida?
(J.F.P.) - Durante toda a minha vida as a vidades lúdicas
exerceram um grande fascínio sobre mim. Quando conheci a
Orientação e percebi a interação entre exercício mental e
a vidade sica que a sua prá ca proporciona, foi como ter
conseguido aquele brinquedo que há muito tempo desejava. Não
sei se existe outro esporte em que esta relação é tão forte e
equilibrada. E isso só fez aumentar o meu interesse na
modalidade.
Atualmente, passei a valorizar a Orientação de outra
forma. Cheguei à idade em que refle r sobre o envelhecimento e
suas consequências é uma decorrência natural. A expecta va
média de vida vem aumentando, mas isso só se transformará em
conquista se conseguirmos envelhecer preservando a qualidade de
vida. A prá ca do esporte e de a vidades sicas é fator essencial
para que isso aconteça e a Orientação oportuniza essa
possibilidade ao permi r que tanto crianças quanto idosos a
pra quem. Quem não teve sua atenção atraída para Rune
Haraldsson, sueco de 96 anos que compe u no Mundial Master de
2014 na Serra Gaúcha? Para mim, a Orientação é uma via de mão
dupla, ou um círculo vicioso: a prá ca do esporte contribui para
uma vida mais saudável, que vai se refle r em melhor qualidade
de vida à medida que envelhecemos e esta, por sua vez, é
necessária para con nuarmos pra cando o esporte que nos traz
sa sfação sica e mental.