Revista PrisMagazine Número 004 Ano I - dezembro 2015 | Page 14

14 . SOBRE PERCURSOS, DESCRIÇÃO DO CONTROLE E CARTÕES DE PICOTE Indo diretamente ao que interessa na prá ca, o percurso de sequência obrigatória é a forma mais comum de compe ção e de treino. Por este e outros mo vos, uma das melhores maneiras de explorar o potencial de uma PPO é dispor de uma biblioteca de percursos bem planejada — por exemplo, com 10 percursos de sequência obrigatória para cada nível de dificuldade (N, B, A, E). Isto facilita tanto a vida do treinador de uma pequena equipe de orientação com uso ocasional quanto a atuação de um professor que faça uso regular e sistemá co da PPO com suas turmas, mas nunca é demais lembrar que o condutor do evento deve distribuir os percursos de forma compa vel com o grau de experiência de cada par cipante. Conceitualmente é fácil, mas, como segurança nunca é demais, vale destacar que para criar percursos na hora é recomendável conhecer muito bem a área da PPO e possuir alguma experiência como traçador de percursos. SOBRE EVENTOS MASSIVOS Para eventos com grande número de par cipantes os percursos de sequência livre e as compe ções por score com largada em massa — por exemplo maior número de controles visitados nointervalo de 60 minutos — são mais indicados porque favorecem o congraçamento e a parte lúdica ao mesmo tempo em que con nuam a atender orien stas mais mo vados pela compe ção pura e simples. Este formato é notavelmente adequado a inaugurações, fes vais de orientação, recepção de calouros, eventos de semana acadêmica com todos alunos de um determinado curso etc. Obviamente os aspectos de segurança na organização de cada po de evento con nuam a exis r e, entre eles, o indispensável controle de quem efe vamente largou e chegou para evitar eventuais "desaparecidos em combate" — inclusive os distraídos que esquecem de avisar o abandono da prova por mo vos variados. Um bom modelo de "cartão de picote completo da PPO" é pra camente indispensável neste po de situação. A propósito, a figura 2 é o gabarito dos picotes da PPO Sprint do Câmpus Curi ba da UTFPR. FIGURA 3 - Exemplos de percursos N, B, A na PPO Sprint do Câmpus Curi ba da UTFPR Na maioria das vezes, um percurso de sequência obrigatória pode ser definido inequivocamente pela sequência par da/controles/chegada. Se o mapa de uma PPO representa todos os controles existentes na área, o cartão de descrição é forma mais prá ca de definir cada percurso a ser cumprido. Quanto ao registro da passagem do orien sta pelos controles, o picotador mecânico é uma solução natural para uma PPO — afinal de contas, se o controle tem de ser permanente, o mesmo deve acontecer com a capacidade do orien sta em registrar sua passagem. O "cartão de picote genérico" é uma opção simples, versá l e funcional para uma PPO — basta que ele possua um número suficiente de espaços, o que inclui alguns de reserva. A propósito: se o cartão for de material plás co, melhor ainda, porque permite cumprir a missão "com poeira, chuva ou lama", seja ela "no forte, no campo ou na montanha". Um percurso de sequência obrigatória é muito fácil de ser criado e informado ao orien sta: basta uma sequência de códigos (se é um bom percurso no mundo real é outra questão). Se todos os controles estão representados no mapa e se todas as descrições estão disponíveis (situação pica de uma PPO) o treinador, professor ou instrutor pode até mesmo definir o percurso na hora. Por exemplo, a sequência S01 111 112 104 110 109 107 105 113 113 120 F01 define o percurso N01 indicado anteriormente. Numa prova de sequência livre com largada em massa a par da é absolutamente simples: todos largam ao mesmo tempo. Porém, a chegada necessita maior atenção e organização à medida em que cresce o número de par cipantes e de equipes. Sem maiores delongas, o funil de chegada sugerido na figura 4 é uma boa solução tanto para provas com controle eletrônico quanto para provas com controle manual porque o corredor longo facilita a classificação geral e os orredores individuais facilitam a classificação de cada par cipante por equipe ou categoria. Além disto, o disposi vo contribui diretamente para a segurança da prova porque simplifica o processo de controlar quem efe vamente chegou. A tulo de curiosidade, ele foi usado na prova de inauguração da Pista Permanente de Orientação Sprint do Colégio Militar de Curi ba, quando largaram 428 orien stas ao mesmo tempo. SOBRE USO DE PALAVRAS-CHAVE Nem todos os usuários de um PPO são orien stas. Muitos usarão a pista, por exemplo, para visitar ou conhecer melhor a área e a Ins tuição de Ensino. Isto posto, podemos dizer que em algumas situações, relacionar as palavras-chave (ou breves expressões) de cada controle é uma opção interessante porque elas são alusivas a determinadas histórias e o par cipante vai percebendo gradualmente possíveis relações entre as palavras . Por exemplo, os controles 101 a 120, percorridos em sequência, sugerem um possível resumo da história da UTFPR: