Revista PrisMagazine Número 003 Ano I - novembro 2015 | Page 8
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História da Orientação
A EVOLUÇÃO DOS MAPAS DE ORIENTAÇÃO NO PARANÁ
1994-1999
COM O OBJETIVO DE COLABORAR COM ESTE IMPORTANTE MEIO DE
DIVULGAÇÃO DO NOSSO ESPORTE E CONTAR UM POUCO DA
HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO DOS MAPAS DE ORIENTAÇÃO NO ESTADO DO
PARANÁ, RESOLVI FAZÊ-LO A PARTIR DOS EVENTOS REALIZADOS NO
CIRCUITO PARANAENSE DE ORIENTAÇÃO (CIPO), A PARTIR DA SUA 1ª
EDIÇÃO EM 1994, QUE NESTE SE DENOMINOU CAMPEONATO
ABERTO INDIVIDUAL DE ORIENTAÇÃO (CAIO).
Assim sendo, todos os eventos de orientação realizados no
Paraná até 1994, além de não seguirem um padrão preestabelecido,
não eram regidos por regras ou regulamentos, ficando a critério de
quem os organizava divulgar as normas que seriam seguidas naquela
compe ção e, assim sendo, as invenções eram bem cria vas, algumas
adequadas, outras nem tanto.
Além disso, não havia categorias específicas por sexo, grau de
dificuldade e nem mesmo por faixas etárias, ou seja, era a popular
“vala comum”.
Os percursos eram traçados para testar a resistências dos
atletas, onde 10Km de distância era considerado “curto”, além de
alguns pontos de controle serem colocados em locais de di cil
acesso, onde se tornava um desafio e uma aventura tanto para
localizá-los como para abordá-los.
Não exis a Arbitragem e muito menos Júri Técnico, tudo era
decidido na forma de “quem pode mais chora menos”.
A maioria dos atletas eram militares, um ou outro civil que
pra cava orientação com toda certeza já havia sido militar
anteriormente.
Ninguém nunca nha ouvido falar e nem mesmo sabia que
exis a uma tal de “ISOM” (Especificações Internacionais para Mapas
de Orientação), apesar da mesma ter sido editada a par r de 1969
(1ª), 1975 (2ª),1982 (3ª), 1990 (4ª) e 2000, que está vigente até hoje.
Mesmo assim, foi enfrentando todas estas barreiras,
restrições e dificuldades, que chegamos ao padrão que estamos
atualmente e, ainda temos muito que evoluir em todos os quesitos do
esporte, porém afirmo, com muita convicção que em se tratando de
mapeamento estamos muito bem, diria até que estamos no mesmo
nível dos mapeadores europeus, a única preocupação é que não está
havendo renovação destes profissionais no Brasil.
Neste ar go vou focar no relato da evolução da qualidade
dos mapas de orientação no Paraná, até o ano de 1999, ano este que
pode ser chamado de “divisor de águas” para a orientação brasileira,
com a fundação da Confederação Brasileira de Orientação (CBO) em
11 de janeiro de 1999, na cidade de Guarapuava-PR, e a realização da
1ª etapa do I Campeonato Brasileiro de Orientação (CamBOr),
realizada no distrito de Faxinal do Céu, Pinhão-PR, no dia 25 de abril de
1999.
Neste ar go vou focar no relato da evolução da qualidade
dos mapas de orientação no Paraná, até o ano de 1999, ano este que
pode ser chamado de “divisor de águas” para a orientação brasileira,
com a fundação da Confederação Brasileira de Orientação (CBO) em
11 de janeiro de 1999, na cidade de Guarapuava-PR, e a realização da
1ª etapa do I Campeonato Brasileiro de Orientação (CamBOr),
realizada no distrito de Faxinal do CNo Estado do Paraná, o Esporte
Orientação teve o seu primeiro marco significa vo, com a realização
do XVII Campeonato Mundial Militar de Orientação, promovido pelo
Conselho Mundial de Esportes Militares (CISM) em 1983. A par r
deste evento muitas a vidades espor vas de orientação passaram a
ser realizadas, pois ficaram os mapas produzidos como legado.
Mesmo assim, com o passar do tempo a maior dificuldade
ainda era a falta de mapas, pois tanto no Brasil como no Paraná, não
haviam mapeadores qualificados.
Em 1997, o Clube de Orientação de Curi ba em parceria com
o Clube de Orientação de Ponta Grossa, organizaram o II Campeonato
Sul-Americano de Orientação na região metropolitana de Curi ba,
u lizando um mapa produzido por três mapeadores Suecos, os quais
ainda eram novatos na arte de mapear e veram as suas viagens
patrocinadas pelo orien sta sueco Peo Bengtson, que na época era
sócio da empresa Park World Tour, a qual agenciava viagens ao redor
do mundo para pra car orientação. Infelizmente estes mapeadores
não nos deixaram muita coisa como legado nesta oportunidade.
Assim sendo, os eventos eram organizados com a u lização
fotocópias (preto/branco) de cartas topográficas militares, em escalas
1:25.000, 1:50.000 e até 1:100.000 (isso mesmo, cem mil). Alguns
orien stas mais dedicados pintavam manualmente alguns detalhes
nos mapas, como a hidrografia (azul) e as trilhas (vermelho). Para isso
eram u lizadas canetas hidrográficas e lápis de cor, sendo um trabalho
muito demorado, cansa vo e desgastante, pois nha que ser mapa a
mapa, mas já era o diferencial daquela época.
Bússola de mapear Mod. 54 (a par r de 1999), GPS (a par r
de 2004) e Google Earth (a par r de 2006), são tecnologias modernas
u lizadas atualmente que até então nem se sonhava exis r algum dia.
Os instrumentos u lizados eram improvisados e arcaicos, mas era o
que nhamos, além de muita cria vidade e dedicação.
Nos mapas expostos a seguir, poderemos constatar a considerável
evolução ocorrida no período compreendido entre 1994 e 1999,
principalmente a par r de 1995, com a fundação dos primeiros
Clubes de Orientação do Estado, Clube de Orientação de Curi ba
(COC), Clube de Orientação de Ponta Grossa (COP), Clube de
Orientação Lobo Bravo de Guarapuava (COLB), Clube de Orientação
Rio Mafrense de Rio Negro (CORM) e Cobra Clube de Orientação de
Cascavel (CCO), e posteriormente a Federação Paranaense de
Orientação (FPO), em 1998.éu, Pinhão-PR, no dia 25 de abril de
1999.