Revista Municipal | Dezembro 2018 | #28 | Page 48

48 TOMADA DE POSSE GOUVEIA | REVISTA MUNICIPAL TOMADA DE POSSE A cerimónia de tomada de posse dos novos eleitos nas eleições autárquicas de 1 de outubro de 2017, decorreu no dia 21 de outubro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Teve início com o discurso do Dr. Gil Barreiros, ainda na qualidade de Presidente da Assembleia Municipal cessante, que antecedeu a tomada de posse dos dezoito deputados municipais, dezasseis presidentes de juntas e uniões de freguesia e, finalmente, dos integrantes do novo executivo: o presidente Luís Tadeu e os verea- dores Joaquim Lourenço, Teresa Borges, Jorge Ferreira, José Nuno Santos, da maioria e João Paulo Agra e Conceição Salvador, da oposição. Depois da posse dos novos eleitos para o mandato de 2017/2021, usou da palavra o Presidente da Câmara, recém-empossado, Luís Tadeu, que concluiu, com o seu discurso, a cerimónia de tomada de posse, propriamente dita. Terminada a tomada de posse, chegou a altura de se realizar a primeira reunião da nova Assembleia Municipal, conduzida pelo, nessa altura, ainda presidente cessan- te, Dr. Gil Barreios. Para constituir a mesa que presidiu a reunião, num gesto repleto de significado político, que fez questão de vincar dizendo “aqui não há cores partidárias”, chamou Fernando Silva, do Partido Socialista e Constantino Matos da CDU. Nesta primeira reunião de Assembleia Municipal do novo mandato, o presidente Gil Barreiros popôs, no início dos trabalhos, um voto de pesar e um minuto de silêncio pelas vítimas mortas dos incêndios de 15 e 16 outubro. Chegada a vez da eleição da mesa da Assembleia Municipal, foi apresentada uma única lista a sufrágio, pela voz do deputado António Machado. Foi então que se elegeu presidente da nova Assembleia Municipal, Gil Barreiros e, a acompanha-lo na mesa, Ana Paula Morgado e Nuno Filipe Figueiredo. OS INCÊNDIOS FLORESTAIS MARCARAM OS DISCURSOS DOS PRESIDENTES DA ASSEMBLEIA E CÂMARA MUNICIPAL Referindo-se aos incêndios florestais de 15 e 16 de outubro, que afetaram o grave- mente o concelho, Gil Barreiros disse que “nesta altura difícil que estamos a viver, esta cerimónia é hoje um gesto fundamental, que tem de ser assumido em total consciência por aqueles que foram eleitos.” Continuou, “Temos assistido nos sucessivos governos, de todas as cores, sucessivas demissões em relação ao interior.” Por isso, “temos de fazer com que o nosso concelho seja reconhecido e tenha aquilo que merece. Pagamos impostos como pagam em Lisboa. Apreciamos os abraços de solidariedade, mas queremos que isso se torne numa rotina. Desejo, acima de tudo, a despartidarização daquilo que é importante, para este concelho e para o seu povo.” Mais tarde, quando chegou a sua vez de discursar, Luís Tadeu referiu “Começamos este mandato com desafios acrescidos, que têm que ver com o infortúnio que so- fremos. Todos perdemos, mas uns perderam mais do que outros. Os que perderam mais, têm de ser mais ajudados. E isso começámos a fazer desde a primeira hora.” OS DERRADEIROS DESAFIOS DO MANDATO DO NOVO MANDATO Gil Barreiros deu início à parte do seu discurso em que se referiu aos novos desa- fios da Assembleia Municipal afirmando que “no mandato anterior, a Assembleia Municipal conquistou o direito a ter o seu espaço. Agora queremos mais coisas. Começamos com as reuniões de líderes, às quais queremos dar continuidade, mas queremos que decorram menos espaçadamente no tempo.” Depois, foi a vez do Presidente da Câmara, Luís Tadeu, falar um pouco do conjunto de de- safios que se colocavam ao novo executivo em todas as áreas da intervenção autárquica. Na educação, sintetizou, “queremos que os nossos jovens sejam os melhores e mais bem preparados, queremos continuar a apostar na sua formação” e no des- porto “uma clara aposta na requalificação de infraestruturas desportivas”. Sublinhando a necessidade de assegurar a qualidade da vida das populações do con- celho, referiu ser necessário “reforçar o abastecimento de água e o saneamento.” Encarou como desígnio deste novo mandato “continuar com a requalificação da cidade de Gouveia e (…) estendê-la às freguesias”, assegurar “uma mobilidade mais capaz, que permita, por exemplo, que um vilanovense possa contar com um transporte público e de qualidade para vir a Gouveia.” Em matéria cultural, referindo-se à Rede Cultural do Alto Mondego e Rede Cultural de CIM Beiras e Serra da Estrela, asseverou que “O Município de Gouveia integra duas redes culturais que, em breve, vão começar a funcionar.” Não deixou de ficar de fora as corporações de Bombeiros do Concelho: “Queremos apoiar mais nas nossas corporações de bombeiros.” E em relação ao Turismo, que assumiu como continuando a ser a aposta irredutível do executivo liderado por si: “apesar de alguns dos nossos espaços estarem hoje destruídos”, quero promover o concelho como nunca. Esta tem de a ser uma aposta ainda mais forte!” Também para isso, disse contar “com um vereador jovem”, que irá ser responsável por uma política agressiva, que irá puxar pelos jovens”. Disse, referindo-se a José Nuno Santos, o novo vereador deste executivo Dirigindo-se aos presidentes de juntas e uniões de freguesias recém-eleitos, asse- gurou-lhes ir “trabalhar com todos, independentemente da cor política. O problema gravíssimo que nos afetou vai exigir que estejamos todos unidos.” Por fim, concluiu: “tudo isto só será possível, se os gouveenses quiserem e ajuda- rem. Precisamos que todos estejam envolvidos nisto.”