REVISTA LÍDER COACH SETEMBRO DE 2015 #9 | Page 8

A empresa foi vendida. E agora?!

Natália Cesto

No atual cenário empresarial, a venda, compra ou fusão de empresas são comuns e necessárias. Estar no meio deste processo requer postura e inteligência para lidar com o novo. De acordo com uma pesquisa da KPMG, em 2011 foram registrados 817 processos de fusões e aquisições envolvendo empresas brasileiras, direta ou indiretamente. O número, considerado recorde, é 12,5% superior em relação a 2010.

Você foi contratado, se adaptou ao seu trabalho e política da empresa, já tem todo o planejamento traçado para seguir sua carreira, eis que vem a notícia de uma mudança drástica na sua zona de conforto, a empresa foi vendida, mas e você? Como deve se comportar? E a sua carreira? A nova empresa comprou apenas a carteira de clientes ou se interessa pelos profissionais também?

Tenho experiência de dois grandes acontecimentos, a fusão de Itaú com o Unibanco e agora do HSBC com o Bradesco. Posso afirmar que ninguém compra o combo para jogar a batatinha fora.

Grandes empresas avaliam muito bem antes de realizarem uma mudança tão grande. São vários setores envolvidos, inclusive o RH, que é responsável em criar estratégias para este momento, afinal, são duas culturas totalmente diferentes que terão que conviver e se dar bem com aquele funcionário que sai da sua zona de conforto e se adapta à nova realidade.

Esse é um momento de cautela e paciência. Todos serão informados das mudanças no devido tempo. Evite comentários e especulações desnecessárias. Tome para si a mudança como uma oportunidade nova e que pode alavancar sua carreira. Use esse momento para se qualificar de acordo com a nova casa, pesquise sua visão, missão e valores e incorpore-os ao seu novo modo de trabalhar. Isso é se adaptar.

Após a fusão é normal que ocorram cortes para que o quadro de colaboradores esteja ajustado e produ-tivo. Isso requer adaptações.

Se o seu desligamento realmente estiver planejado, mantenha a postura e conduta de acordo com os seus valores, pois independentemente do momento de fusão, sua imagem e seus valores não podem, de forma alguma, serem abalados. Afinal, o seu nome precisa ser valorizado pelos colegas e pelo mercado de trabalho.

Natália Cesto | Profissional do setor financeiro há mais de 10 anos. Ex-Comissária de Bordo. Consultora de Beleza Mary Kay. Graduada em Gestão Administrativa e Financeira.

REVISTA LIDER COACH | Setembro | 08