REVISTA LÍDER COACH SETEMBRO DE 2015 #9 | Page 43

3) Seja arrojado e torne-se inquestionavelmente a melhor das opções

A contratação de um expatriado é algo caríssimo para a maioria das empresas e envolve não só os custos de viagem, mas também itens como imigração, residência temporária, seguros, custos com familiares, planos de transição etc. Para quem está do outro lado da mesa tentando viabilizar a chegada de um expatriado fica difícil escolher alguém que é apenas ‘bom e competente’. Você tem que ser o melhor de todos os candidatos para que o custo elevado se justifique. Como assim? Você trabalha numa área que valoriza certificações profissionais? Tire várias delas. Numa área que valoriza eloquência e falar em público? Pratique ad-nauseum (à exaustão).

Os trâmites de imigração são complicados? Estude as leis do país e discuta com o profissional de Recursos Humanos as diversas opções de visto que existem. É caro? Ofereça para bancar uma parte dos custos dos vistos em troca da oportunidade. Não sabe por onde começar? Procure um mentor, alguém que já passou por isso antes e esteja disposto a ensinar o caminho das pedras.

Para concluir, uma carreira global é na maioria das vezes uma das oportunidades mais gratificantes na vida de um profissional.

Neste artigo compartilhei obstáculos e possíveis soluções baseados na minha própria experiência, com os muros e barreiras que tive que enfrentar. Existem várias outras, mas espero que esse texto seja útil para aqueles que compartilham do mesmo sonho que eu um dia sonhei e se tornou realidade há 12 anos.

O Antonio de Sousa, Personal & Professional Coach, foi o primeiro mentor na minha carreira profissional. Nos conhecemos quando eu era Trainee e ele Gerente Sênior do Departamento de Information Risk Management e responsável pelo escritório da KPMG em Belo Horizonte, onde eu trabalhava.

Com o suporte sempre positivo e incentivador tanto de um excelente mentor, aperfeiçoei meus conhecimentos de inglês e consegui ser selecionado para uma International Rotation com a KPMG nos EUA, que considero hoje um divisor de águas na minha trajetória profissional.

Passei ao todo 10 anos na KPMG e de lá me tornei o primeiro brasileiro a liderar uma equipe no Banco Central Americano (o Federal Reserve Bank) como um dos responsáveis pela supervisão bancária durante a Crise Global de 2009. O papel do Federal Reserve foi de fundamental importância para a superação dessa crise de dimensões globais e a subsequente recuperação do sistema financeiro mundial. Hoje sou Vice-Presidente Executivo da área de Risk Management de uma importante instituição financeira americana e lidero grupos nos Estados Unidos, Índia e Filipinas.

E você Líder Coach, quais os seus planos para alçar os voos até então inimagináveis? Eu cheguei lá, você também pode chegar. Consulte um coach de carreira e isso vai te abreviar o caminho, sem queimar etapas.

REVISTA LIDER COACH | Agosto | 31

Daniel de Paula | Vice-Presidente Sênior em insituição financeira multinacional nos Estados Unidos. Especialista em Gestão de Riscos, Auditoria, Compliance e Controles Internos. MBA pela Universidade da Carolina do Norte - E.U.A. Graduado em Ciências da Computação pela UFMG. Primeiro brasileiro a liderar uma equipe no Banco Central Americano (o Federal Reserve Bank) como um dos responsáveis pela supervisão bancária durante a Crise Financeira de 2009.