REVISTA LÍDER COACH SETEMBRO DE 2015 #9 | Page 18

Simone Santinato | Diretora Administrativa Financeira. Formada em Direito. Responsável por toda a gestão de recursos, contas a pagar e a receber, investimentos e relações com bancos e investidores. Elaboração de prestação de contas, balancetes contábeis e gerenciais e apresentação aos sócios internacionais (EUA e Chile). Especialista em análise de contratos, pela PUC.

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Há ainda lugares que fomentam a “politicagem” como forma de obter vantagens, benefícios e até promoções ou onde a competição é abordada sob uma perspectiva tão avassaladora que as pessoas perdem a própria identidade e passam a “caçar” tornando o ambiente no mínimo inóspito onde só um determinado tipo de profissional consegue sobreviver. Não é o meu caso.

E por fim temos aqueles “pseudo-líderes” que, mesmo à frente de uma série de organizações ou setores de algumas, ainda acreditam em “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. São incontáveis os que ainda, nos dias de hoje, se posicionam frente a uma equipe simplesmente como “chefe”, esquecendo que a primeira função do líder é a de servir. Principalmente servir a sua equipe. Esses colaboram em muito para tornar lugares com excelente potencial nos piores lugares para se trabalhar e para se estar também!

Não é muito difícil pensarmos nas características de um bom lugar para se passar o dia. Na medida em que precisamos deixar o conforto de nossos lares e o amor de nossos filhos para nos dedicar tantas horas por dia a uma atividade profissional é nada mais que normal que procuremos um ambiente onde se possa sentir feliz em passar todo, ou ao menos uma boa parte desse tempo.

No meu ponto de vista essa felicidade ou satisfação advém de algumas características básicas:

1) A equipe tem que saber quais são os objetivos da empresa, onde e como deseja atingí-los e como cada profissional que compõe o time pode colaborar com isso

Porque em todas as áreas e momentos de nossa vida temos a necessidade de saber qual a nossa meta (ela nos traz sentido de vida), como faremos para atingi-la (que nos dá uma sensação de direcionamento) e qual a nossa relevância nesse processo (pois conseguimos mensurar a nossa importância dentro de uma organização a partir disso).

2) A equipe tem que ser composta de pessoas com uma cadeia de valores similar ou ao menos próxima

E aqui vale aquela máxima de que uma maçã podre pode contaminar um caminhão inteiro, o que infelizmente é verdade. Em uma equipe de pessoas altamente comprometidas e motivadas, quando aparece uma que destoa e parte para a queixa, a fofoca, a vaidade excessiva ou a procrastinação é desequilíbrio certo para o resto do time. O lado bom da vida é que tais pessoas acabam sendo expurgadas naturalmente de um time “de gente do bem” ao cabo de um certo período. Ou elas próprias desistem ao perceberem sua inadequação, ou alguém sabiamente resolve “sair” com a erva daninha.

4) É imprescindível sentir orgulho da empresa

Todo mundo gosta de dedicar seu tempo e esforço a algo em que efetivamente acredita ou confia. É muito simples e intuitivo na verdade. Quando você se orgulha de sua empresa e dos colegas de equipe, além do trabalho ser uma fonte de prazer muito mais do que um “sacrifício”, você sai na rua exibindo o seu crachá feliz da vida, simplesmente porque você faz parte daquilo. Não é que você exatamente adore acordar as 06h00 da manhã na segunda feira, mas com certeza isso não será uma tortura, apenas um fato normal de sua vida.

REVISTA LIDER COACH | Setembro | 18