REVISTA LÍDER COACH SETEMBRO DE 2015 #9 | Page 16

Reter profissionais talentosos e comprometidos com a empresa em seu quadro de colaboradores é um desafio para toda e qualquer organização. Afinal, na hora de escolher entre partir para a concorrência ou permanecer, são várias as opções que o mercado apresenta entre pacotes de benefícios, remuneração direta e indireta, investimentos em formação e especialização, bônus e por aí vai.

A preocupação em tornar as empresas lugares mais agradáveis para se trabalhar e que atendam as expectativas de seus colaboradores não é um assunto novo. A Consultoria “Great Place To Work (GPTW)”, por exemplo, foi criada em 1988 e até os dias de hoje é respeitada pelo valor que possuem suas listas.

Mas afinal, o que será que faz com que alguns locais sejam tão bons e outros tão incrivelmente ruins?

Sem levar em conta qualquer literatura especializada, eu posso afirmar baseada na minha experiência de mais de 20 anos no mercado de trabalho, que nada pode fazer a empresa o melhor lugar para se estar, senão as pessoas que trabalham juntas e motivadas, como um time.

Posso afirmar isso com a tranquilidade de quem já esteve em diversos segmentos do mercado (saúde, financeiro, consultoria jurídica, logística, TI...) e também por ter vivenciado todo o tipo de função desde estagiária até executiva. Sim, são os próprios colaboradores que fazem da empresa um lugar incrível ou completamente desprezível para se trabalhar.

Quando pensamos sobre esse tema em um primeiro momento, pode até parecer que empresas com mais capacidade financeira, multinacionais de grande porte com grande potencial para investimento possam criar condições mais benéficas aos colaboradores, porém na prática isso pode não se concretizar.

Ao longo de minha carreira, conheci profissionais que mesmo com pacotes de benefícios incríveis, bônus, viagens e tantos outros incentivos para permanecer em grandes empresas “abandonaram o navio” simplesmente por se sentirem tremendamente infelizes com a sensação de serem apenas mais um número e não agregarem absolutamente nada à organização, que de tão imensa fazia com que o sujeito se sentisse um grão de areia.

Não são poucos aqueles que se enfadam com os longos processos de governança. A dificuldade de transpor todos os caminhos para aprovação de qualquer coisa por mínima que seja, ou ainda se desencantam com a sensação de que estão tão distantes da liderança que mal conseguem reconhecer por quais caminhos estão se movendo ou em qual direção.

Afinal,

o que ou “quem” realmente faz

de uma empresa um grande lugar para se trabalhar?

Simone Santinato

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