Revista Lanxess Ano 3 Nº 7 PTBR | Page 8

MWh, para o mercado cativo, com tendência de elevação. Em 2013, a tarifa estava em torno de R$ 150/MWh. A nafta caiu de US$ 800 a tonelada, em 2014, para cerca de US$ 450, por conta da queda do preço do petróleo. E o gás natural caiu um pouco no ano passado e voltou a subir. “Hoje pagamos US$ 10 por milhão de BTU no Brasil, contra US$ 3,5 nos EUA”, destaca Fátima Ferreira, da Abiquim. A criação de uma política para o gás como matéria- prima tem sido um dos pleitos da Abiquim junto ao governo, nos últimos anos. “A disponibilidade de um gás de qualidade, a um preço equilibrado em relação ao mercado internacional, seria um fator de ganho de competitividade importante para a indústria química. A indústria espera por isso desde 2009”, alerta a diretora da Abiquim. O mesmo raciocínio vale para a energia elétrica, cuja variação em disponibilidade e preço tem prejudicado a indústria. Nos últimos dois anos, a Abiquim aumentou sua interlocução com órgãos do governo, por meio da atuação da Frente Parlamentar da Química. “É uma articulação interessante, em que temos tentado demonstrar ao Legislativo a importância da indústria química para a geração de empregos de alta qualidade e para o desenvolvimento do País”, observa Fátima Ferreira. Planejamento e investimentos possibilitaram à LANXESS atravessar a crise sem deixar de crescer Para conseguir se manter estável e, sobretudo, se preparar para sair mais forte dessas intempéries políticas e econômicas, a LANXESS promoveu melhorias de gestão e processos, e ganhou força financeira com a criação de uma joint venture e com duas importantes aquisições. Em 2014, a empresa iniciou, em âmbito global, o programa “Let´s LANXESS Again”, que abordou a questão da competitividade da empresa em três fases: estrutura de negócios e administração, operações e portfólio de negócios. “Na primeira fase, olhamos para todas as nossas BUs (business units) e GFs (group functions), com o objetivo de detectar sinergias e ver onde poderíamos fazer consolidações. Consequentemente, trouxe um efeito 8 “Investimos em automatização e segurança de processos para gerar uma redução de custos operacionais” muito positivo no Brasil, pois já estávamos preparados para a crise em 2015”, conta Hans-Jürgen Claassen, CFO da LANXESS Brasil. Na segunda etapa, a empresa olhou para as grandes áreas comerciais (e supply chain), manufatura, estratégia e compras, com o mesmo objetivo de ganhar eficiência. “Investimos em automatização e segurança de processos para gerar uma redução de custos operacionais”, explica o executivo. A terceira fase do “Let´s LANXESS Again” contemplou a análise do portfólio da LANXESS e gerou as mudanças mais significativas dos últimos anos. “Criamos uma joint venture com a Saudi Aramco, que gerou a empresa ARLANXEO, com a migração de toda a área de borracha sintética”, relata Claassen. Com dinheiro em caixa, a empresa fez duas grandes aquisições: a linha Clean & Disinfect, da empresa norte-americana Chemours; e a empresa norte-americana Chemtura, um dos principais fornecedores de aditivos retardantes de chamas e lubrificantes. “A Chemtura, maior aquisição da LANXESS em 12 anos, expandiu, significativamente, o nosso portfólio de especialidades, pois, além dos aditivos e lubrificantes, passamos a comercializar também uretanos e organometálicos. Já a Chemours complementou nossa linha de negócios de limpeza e desinfecção, e ampliou nossa atuação no setor de químicos de uso industrial para o mercador veterinário. Agora, temos desde a síntese do ingrediente ativo, até o registro de uso final do produto através do Virkon S ® (pecuário). Ambas as aquisições fortalecem a posição da LANXESS como um dos principais players nos mercados de especialidades químicas premium”, observa o executivo.