Indústria química
brasileira vê início
da retomada
O setor retoma seu crescimento em segmentos
consumidores, mas competitividade internacional
ainda está distante
Os últimos dois anos não foram nada fáceis para
empresários e trabalhadores no Brasil. Por um
lado, a crise econômica derrubou produções,
impulsionou a inflação, gerou desemprego e
brecou investimentos. Por outro, forçou empresas
a olharem para dentro em busca de ganhos de
eficiência e a desenvolverem estratégias criativas
para atravessarem a tempestade. Neste primeiro
semestre de 2017, indicadores compilados pela
Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química)
mostram sinais da tão desejada retomada da
economia. Mas ao mesmo tempo, evidenciam a
falta de competitividade da indústria química, que
continua perdendo espaço para produtos importados.
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“Estamos vendo uma tímida retomada dos
setores automotivo, de construção, especialmente
pavimentação, e de óleo e gás, e podemos dizer
que a indústria química sobreviveu à crise,
apesar de todos os obstáculos. Mas ainda temos
muito a conquistar para sermos competitivos
internacionalmente”, afirma a diretora de Economia
e Estatísticas da Abiquim, Fátima Ferreira. “Hoje,
38,3% dos químicos para uso industrial consumidos
no Brasil são importados.”
Em 2017, o “Consumo Aparente Nacional”, indicador
que reflete tudo que outros setores produtivos
compram da indústria química, seja produzido no