Revista de Medicina Desportiva Informa Setembro 2017 | Page 9

COXA que evoluam para uma condição mais grave e debilitante. 14 Massa- gem, contração ativa do grupo mus- cular antagonista e/ou colocação de gelo no(s) músculo(s) afetado(s) têm também sido aceites pela comuni- dade científica como estratégias váli- das para tratamento das cãibras. 14 Revertida esta condição, os atletas podem, habitualmente, retomar de imediato o treino ou a competição de forma eficaz, sem cãibras muscu- lares ou sintomas de contração. 14 A continuação da atividade na mesma intensidade provavelmente não seria possível se a sobrecarga muscular ou fadiga fosse o único ou princi- pal fator contribuinte para a cãibra muscular, ressalvando o importante papel da reidratação e reposição dos níveis de sódio sérico. 12 Após o exercício, é necessário repor os restantes défices de água corporal e de eletrólitos, com particular ênfase na ingestão de sal, de modo a ajudar a reter e distribuir o fluido ingerido, para que que todos os comparti- mentos de fluidos sejam convenien- temente restaurados. A reidratação intravenosa com solução salina nor- mal ou hipertónica pode ser necessá- ria se a CMAE for grave ou acompa- nhada de uma condição clínica mais grave, como a hiponatrémia. 14 Os suplementos ricos em potássio, alimentos ou outros suplementos minerais, como cálcio, não são indi- cados e normalmente não fornecem qualquer alívio dos sintomas. 14,15 Quanto a tratamentos farmaco- lógicos, há evidências comprovadas da efetividade da quinina no trata- mento de CMAE. 16 Contudo, trata-se de um agente com diversos efeitos adversos associados, pelo que só deve ser prescrito quando se trata de cãibras extremamente debilitantes e após o atleta ser informado destas condições. 16 Perante o surgimento de CMAE, o médico ou profissional de saúde que acompanhe o atleta deve, para além de considerar os sinais e sintomas clínicos e o tempo e circunstâncias que levaram ao surgimento das cãibras, fazer um estudo da história familiar de cãibras, tentando