Revista de Medicina Desportiva Informa Maio 2017 | Page 16

A resolução da Presidência 01 / 10 da Confederação Brasileira de Futebol criou a Comissão Nacional de Médicos do Futebol ( CNMF ), constituída por sete membros . Já realizou o “ Simpósio de Educação Continuada ” ( foto ) em 2015 , para a “ melhoria dos departamentos médicos dos clubes do Campeonato Brasileiro das Séries A , B e C ; integração entre os médicos ; padronização do trabalho ; e outros ”. De acordo com o Dr . Jorge Pagura , o Presidente , a comunicação entre médicos é importante , pois conseguem agora “ comunicar no momento em que algo acontece , seja antes do jogo , após ou durante a semana nos treinamentos .” Também vistoriam os estádios , onde analisam “ a estrutura para atendimento , ambulâncias , equipamentos e rotas de deslocamento para chegar a locais com serviços como cirurgia e radiologia ”. Em parceria com a Escola Nacional de Arbitragem de Futebol , participa nos respetivos cursos “ com palestras sobre atendimento de emergência no campo e aulas do programa FIFA 11 +, de prevenção de lesão ”. A temática da Concussão cerebral é também uma preocupação , para além do aconselhamento mantêm uma morada de e-mail para contacto . Têm sido muito ativos e , lá como cá , estas instituições funcionam .
Mais uma obra que a Lidel edita com muita coragem e oportunidade . Este livro , de 326 páginas , repletas de imagens bonitas , típicas ( e informativas ) da termografia , é coordenado por seis especialistas nas áreas da medicina , da medicina dentária e da engenharia , aos quais se acrescentam mais 43 autores portugueses e estrangeiros . A nota de divulgação refere que a termografia é “ utilizada para a deteção de doenças em fase inicial , como
lesões malignas ou benignas ” e que é uma “ técnica não invasiva que possibilita identificar várias temperaturas no corpo humano através da própria radiação infravermelha ”. A Parte I dedica-se ás considerações teóricas da termografia , das síndromes miofasciais , da fisiopatologia da dor , etc . Já na parte II são apresentados de modo sucinto bastantes casos clínicos onde a termografia se revelou fundamental como meio complementar de diagnóstico . Também nesta Parte se abordam várias patologias muito familiares na medicina dentária . É uma obra muito interessante “ colorida ”.
A Sociedade Portuguesa de Medicina Desportiva iniciou em abril a publicação de Newsletters , cuja publicação é mensal . A participação dos sócios da SPMD será importante para que este excelente meio de comunicação , em formato digital ( PDF ), melhore ainda mais a comunicação entre os colegas interessados na Medicina Desportiva . A esta edição inaugural inclui três secções ( Informações , Notícias e Agenda , nacional e internacional ), com conteúdos de exposição simples , curta e eficaz . Felicita-se esta importante iniciativa da SPMD .
Continua em aberto o modo como realizar exercícios para reforço dos músculos abdominais . Estes são vários , com inserções e orientações diversas e com grau de solicitação variada . Não há dúvida que são músculos estabilizadores do core , do segmento abdominopélvico , da bacia , uma função muito importante para a ação dos membros inferiores . Não estão vocacionados para a realização de exercícios rápidos , mas principalmente para trabalharem em isometria . Desenvolvem força para proteger a coluna vertebral , controlando os movimentos de torção , rotação e flexão . A sua boa tonicidade contribui para a pressão intra-abdominal protetora da região anterior da coluna vertebral . Contudo , assiste-se ainda à realização de abdominais ” de forma rápida , em potência , com flexão exagerada do tronco e muita ajuda dos flexores das ancas . Coloca-se muita pressão na coluna e dores nos músculos abdominais desnecessariamente . Como , então , treinar os músculos abdominais ? Qual a importância que atribuída aos músculos abdominais ( retos e oblíquos )? Quais as diferenças mais relevantes no trabalho físico dos diferentes músculos da parede abdominal ? São algumas perguntas para as quais se agradece a V . contribuição .
A Lista de Substâncias e Métodos Proibidos para o ano de 2017 , início a 1 de janeiro , foi já publicada pela Agência Mundial de Antidopagem . É mais uma vez uma lista exaustiva , dividida em categorias e em substâncias / métodos proibidos em e fora de competição . Em relação à Lista de 2016 existem algumas pequenas alterações , quase todas de pormenor técnico muito específico . Contudo , fica-se a saber que a suplementação de oxigénio por inalação é agora permitida , que existem algumas alterações em relação aos agentes β2 agonistas e em relação aos corticoides não há alterações . Refira-se a inclusão da codeína e o uso combinado de β-agonistas no Programa de Monitorização , as quais se juntam ao tramadol , à cafeína , à fenilfrenina e sinefrina , aos corticoides quando aplicados pelos métodos não proibidos e outras . Estas substâncias podem usadas , mas são analisadas nas amostras biológicas para estudo do padrão de utilização . O álcool é proibido em competição em quatro desportos : desportos aéreos , desporto automóvel , motonáutica e tiro com arco . Neste caso , a violação ao Código acontece quando a concentração no sangue é superior a 0.10 mg / L . Já no sítio da Revista : www . revdesportiva . pt ( clicar em Antidopagem no top menu ).
Revista de Medicina Desportiva informa Maio 2017 · 7