Revista Cepromec 1 | Page 43

10 3. O USO NA HISTÓRIA E NA ATUALIDADE Há mais de 8000 anos a humanidade convive em meio às drogas, neste período a legislação mudou muito em relação a elas. Utilizadas para buscar novas sensações, transgredir ou mesmo para fugir da realidade, as drogas já foram adoradas como deuses, cultivadas como alimento e armazenadas como remédios. A única lei que não mudou é a lei da física, qual diz que “a toda ação corresponde uma reação”. Qualquer atitude a respeito das drogas surtirá um efeito maior ou menor sobre nos mesmos e a sociedade 7 . Segundo a ciência, drogas são substâncias psicoativas presentes em uma infinidade de produtos muito consumidos. Então é muito provável que você, eu e muitos outros já tenhamos consumido ou ainda consumamos algum tipo de droga. As propagandas governamentais estimulam o pensamento de que apenas as substâncias ilícitas podem ser chamadas de droga e que quem usa estas “coisas do mal” são os “drogados”, mas se for considerado o que foi dito anteriormente todos serão “drogados”, portanto. O psicofarmacologista americano Ronald K Siegel, apud Vergara onde afirma que “usar drogas pode ser considerado uma das necessidades básicas do ser humano, uma motivação “biologicamente inevitável”, ainda segundo ele, nosso sistema nervoso responde às substâncias psicoativas da mesma maneira que responde a comida, bebida, sono, sexo. Segundo ele um indício de que este estímulo é biológico é o fato de que os animais também consomem drogas. Ele comenta em seu livro casos de animais que consomem plantas ou frutas com poderes psicoativos com o único propósito de sentir o efeito, segundo Siegel, o homem descobriu as substâncias psicoativas imitando os animais” 8 . A explicação mais aceita pelos pesquisadores é que os seres humanos usam drogas apenas porque elas dão prazer. As substâncias psicoativas dão prazer para todos os gostos, quem quer ficar ligadão opta pelos estimulantes, quem quer relaxar opta pelos opiácios, álcool ou tranquilizantes, quem quer ver as coisas de maneira diferente prefere os alucinógenos. Richard Davemport-Hines apud Vergara que pesquisou 500 anos de história das drogas lembra que há outras atividades que dão barato: “algumas pessoas 6 7 Vergara, 2003 p.10 Ibid p.14