Revista Cepromec 1 | Page 18

17 trabalhadores, se exige dos mesmos, cobrança excessiva e maior ritmo físico e psicológico claro que não é bom. Os resultados não seriam mesmo o esperado, em todos os sentidos. Junto com a evolução tecnológica no processo produtivo que possibilitaram aumento de lucro e produtividade nas empresas, no caso da indústria moveleira, vieram os problemas de saúde do trabalhador, e esses afetam tanto seu estado físico quanto no psíquico, sendo que nesse, o dano é bem maior. Quando se fala em “carga excessiva” de trabalho, não é apenas a quantidade de horas que o trabalhador passa em função do trabalho, mas também o que ocorre durante esse período no qual está trabalhando. Não se deve esquecer que o trabalho é uma terapia e que ele não é o grande vilão da saúde do trabalhador. Os marceneiros em si possuem uma profissão extremamente admirada, muitos são quase artistas, mas, DEJOURS (1994, p. 25), afirma que “Se um trabalho permite a diminuição de carga psíquica, ele é equilibrante. Se ele se opõe a essa diminuição, ele é fatigante”. Em 2004, no documento da Comissão das Comunidades Européias, falava que as: "[...] enfermidades consideradas emergentes, como o estresse, a depressão ou a ansiedade, assim como a violência no trabalho, o assédio e a intimidação, são responsáveis por 18% dos problemas de saúde associados ao trabalho, uma quarta parte dos quais implica em duas semanas ou mais de ausência laborai". Nessa citação, percebe-se que o estresse possui influência no âmbito do trabalho e vice versa. Se não está bem psicologicamente, não se sente motivado para ir ao trabalho. Se este traz assédio, intimidação ou sobrecarga, piora a situação em que o trabalhador se encontra, sendo assim, não vai deixa trabalhar e se entrega ao estado depressivo. Muitos se arrastam para o trabalho, como se fosse um fardo pesado e difícil. Trabalhar numa indústria de móveis tem tudo para ser uma grande terapia, mas tem ocorrido o contrário. Alguns comentários de funcionários indicam que algo não vai bem, quem não ouviu falar: "Faltei porque se fosse trabalhar hoje quebraria o chefe ao meio". Que pode ser um problema de entrosamento na equipe. "Não fui trabalhar porque não tive ânimo para sair de casa". Que pode ser problemas pessoais ou familiares, que causam um completo desânimo no indivíduo,