Revista Cepromec 1 | Page 11

10 sinônimo de dor e traz, junto com o sustento e crescimento profissional, doenças que podem vir a incapacitar o trabalhador. Segundo ALBORNOZ, (1998, p. 41): As pessoas se percebem como alegres robôs que não têm efetivo poder de decisão sobre o mundo em que trabalham. Todas as atividades são feitas como labores pela sobrevivência. Tem-se como utopia, no sentido de impossível, que o trabalho seja expressão, ou que se possa ter um trabalho criativo e que dê prazer. Nesse sentido, o trabalho em muitas situações estaria sendo executado sem que seja a expressão da capacidade do trabalhador, sem prazer ao executar suas funções, trabalha roboticamente, sem motivação, só pensa no fim do expediente, quando finalmente irá para casa. Trabalhar nessas condições deixa o indivíduo propenso às doenças do trabalho, sobretudo ao estresse. Sabe-se que o estresse pode afetar trabalhadores de diversos setores. Não há um específico, fosse assim até poderia ser evitado. Diversos estudos apontam que profissionais da educação, da saúde, do transporte, do comércio e também da indústria tem sofrido com o estresse. A indústria moveleira também favorece o trabalho robótico, a dificuldade de comunicação devido aos ruídos das máquinas, a linha de produção, onde o funcionário se torna apenas um número fazendo com que os trabalhadores trabalhem mecanicamente. O trabalho em série é outro causador da falta de estímulo. Nele o trabalhador não produz um produto do início ao fim, ou seja, se fabrica em série as portas ou gavetas durante o dia, mesmo que seja para diversos produtos, ao final do dia só saberá o “quanto” ele produziu, mas sequer viu o produto acabado. Com o passar dos anos e as evoluções contínuas, as empresas sentiram a necessidade de inovar, correr em busca da modernização, porém essa busca não é recente. Resta saber se, petas máquinas modernas e eficazes, levaram-se também em conta os seres humanos que estariam trabalhando nelas. BULHÕES, (1976, p. 93), fala dessa modernização e questiona: Será realmente verdadeira a afirmativa de que a empresa moderna difere substancialmente da, por assim dizer, antiga? Caso sim, onde residem as principais diferenças? A resposta é sim para a primeira pergunta, embora a segunda, que deveria esclarecê-la devidamente, ofereça alguns aspectos controversos. Então, a empresa moderna difere da antiga, embora ainda não esteja bem