“As diferenças culturais entre os países
não serão um conflito se os valores forem os
mesmos. Cultura diferente não significa
valor diferente. Podemos aproveitar essa
oportunidade para enriquecer e agregar
conhecimento – cultural e técnico –
a essa relação.”
“A minha principal expectativa em curto prazo é a
consolidação dos benefícios que a joint venture trará
para o negócio, e a consolidação de uma cultura
positivamente agressiva, onde as pessoas sintam-se a
vontade para propor e se envolver. Essa é a plataforma
principal para o desenvolvimento e para criação
de novos produtos. Essa é também a possibilidade
de fazermos alianças mais profundas com nossos
principais clientes, pois eles gostam do envolvimento
com os principais produtores. Eu acredito que isso deva
nos abrir uma avenida em determinado momento, para
continuarmos o crescimento em termos de operações
em nível mundiais, maiores do que temos hoje.”
Nogueira comenta como a joint venture, mesmo vinda
de empresas de diferentes culturas, como a LANXESS e
a Saudi Aramco, pode funcionar bem:
O desafio é criar a comunicação entre as culturas
para desmistificar essa ideia das diferenças. O mundo
hoje é assim, a maioria dos países é formada por
culturas diferentes. Se os valores forem próximos, a
diferença de cultura não importa. E mais uma vez,
essa diferença não é enorme mesmo, e não causa
impactos importantes em termos de como vamos
gerenciar a JV.
O nosso trabalho é fundamentalmente demonstrar
que não existe nenhum empecilho para a gestão.
A empresa vai se tornar mais dinâmica, mais
simplificada e mais eficientemente possível. E isso
depende das pessoas. E nas pessoas, não se percebe
uma diferença cultural muito grande, pois quando os
valores são próximos, tudo funciona”.
O executivo deixa seu recado para o Brasil e região:
“Eu acho que as culturas são diferentes, o que é normal,
mas cultura diferente não significa valor diferente. O
sucesso, tanto na vida pessoal quanto na profissional,
depende de valores, e não de culturas. As culturas
trazem uma direção do que se aprecia. É importante,
sim, mas não fundamental. E particularmente, não sinto
uma diferença radical das culturas. O fundamental está
aí: valores próximos. Uma sociedade em que os valores
são conflitantes, mais dia menos dia, não tem sucesso.
No caso, os valores são próximos. Ambos queremos
o sucesso de ARLANXEO, ambos consideramos que
as pessoas são fundamentais nesse processo, ambos
temos trabalhado para isso.
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“Ocupamos uma posição privilegiada no Brasil,
somos o único produtor de borracha com 4
instalações e alta capacidade interna de penetração
de mercado. Precisamos recuperar o mercado
local e melhorar nossa capacidade de exportação.
Já temos as ferramentas – produção, fábricas,
P&D (pesquisa e desenvolvimento), tecnologias
e matérias-primas -, o que fará a diferença, e
levará nossa empresa a ter sucesso, é a força e a
determinação das pessoas que estão por trás das
ferramentas”, completa o executivo.