Retrato da Segurança Viária 2018 Retrato da Segurança Viária 2018 | Page 47

Retrato dos feridos por região O gráfico que compara a evolução da taxa de feridos das regiões brasileiras (figura 9) revela que, em todas elas, com exceção do Norte, houve uma queda acentuada em 2008, ano em que foi implantada a Lei Seca, que restringiu o consumo de álcool por condutores. Desde então, porém, a tendência de longo prazo foi o aumento dos índices. A maior disparada foi registrada no Norte, que chegou a 136,7 feridos por 100 mil habitantes em 2016, o que le- vou a região a superar o Centro-Oeste, com 136,3, e as- sumir a liderança nacional nesse indicador. O Nordeste estancou na casa dos 106 por 100 mil habi- tantes e o Sudeste oscilou levemente para cima, passan- do de 89,6 para 90,6. Apenas o Sul conquistou uma melhora no índice: de 87,9, ela baixou para 83,5 feridos por 100 mil habitantes, de 2015 a 2016.Em valores absolutos, o Centro-Oeste foi a região com o menor número de feridos, 21.352, seguido pelo Norte, com 24.214, e pelo Sul, com 24.586. Somadas, as regiões Sudeste e Nordeste concentra- ram 66,4% de todas as vítimas não fatais no trânsito. Na série histórica mais longa, de 2005 a 2016, o Norte teve a piora mais significativa: o número total de feridos cresceu quase 370%. A alta foi de 97,5% no Centro-Oeste, 91,7% no Nordeste, 63,7% no Sul e 32,6% no Sudeste. As regiões com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Sul e Sudeste, foram as que registraram menor alta no número de lesionados no trânsito. Mas, ain- da assim, seus índices foram elevados o bastante para ser considerados preocupantes. . No Brasil, o índice de feridos ultrapassou pela primeira vez a marca dos 100 por 100 mil habitantes Figura 9 - Histórico de feridos por região Por 100 mil habitantes Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul 150 120 136,7 136,3 105,8 90 60 30 90,6 83,5 83 75,2 61,5 55,6 35,1 2005 2006 Fonte: Datasus, 2005-2016 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 RETRATO DA SEGURANÇA VIÁRIA | 2018 47